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Estoril massacra Paços com a lei da eficácia

A deslocação do Estoril à capital do móvel foi tranquila: três golos sem resposta, três pontos para a viagem de regresso a casa. O Estoril sobe ao quarto lugar e espera um deslize do Gil VIcente para conservar a posição na tabela (Foto: Lusa)

Estoril massacra Paços com a lei da eficácia
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Por VAVEL

O Estoril está forte e recomenda-se - ontem, a equipa comandada por Marco Silva voltou a vencer para a Liga Zon Sagres, batendo o perdedor crónico deste campeonato, o Paços de Ferreira, cada vez mais afundado nos seus míseros oito pontos, que valem aos «castores» o último lugar da classificação. Os «canarinhos» conseguiram arrecadar a quinta vitória fora de portas, subindo assim ao quarto lugar da geral e mantendo o espírito vencedor que tem guiado o caminho da equipa, sempre surpreendente mas sempre estável e alicerçada em actuações convincentes. Já o Paços, orientado por Henrique Calisto, prossegue na senda do desastre: é a pior defesa do campeonato, com 23 golos sofridos, e em termos ofensivos o cenário não é melhor, pois a formação que ocupa a lanterna vermelha apenas marcou por 9 vezes, sendo o terceiro pior ataque da Liga. 

Balboa em crescendo

O extremo que não vingou no Benfica começa a dar nas vistas com a camisola do Estoril envergada. Balboa foi o jogador a inaugurar o marcador, aos 11 minutos, e a sua curva ascendente tem sido bem visível também na crescente importância que tem adquirido na equipa. Com dez participações na Liga este ano, o jogador da Guiné Equatorial leva 3 golos marcados, o primeiro frente ao Benfica, o segundo contra o Marítimo e o terceiro ontem, tento que abriu caminho à vitória gorda dos visitantes. 

Eficácia afundou o Paços ainda mais

Sem dominar assertivamente, o Estoril aumentou a vantagem aos 77 minutos, através de João Pedro Galvão, e fechou a contagem com um belíssimo toque de calcanhar de Bruno Lopes, que desfeiteou o guardião pacense com classe e subtileza. O passe de Sebá ficou na retina também, ele que já tinha assistido, de modo clamoroso, Balboa. A eficácia dos «canarinhos» afunda ainda mais o Paços, confirmando-se a péssima época, que, catalisada pelo problemático arranque, se mantém até aos dias de hoje, uma autêntica espiral negativa sem fim à vista. 

Sebá impressiona

O triunfo de ontem serve também para relevar o peso de Sebá neste equipa de Marco Silva, pois o jovem emprestado pelo FC Porto tem sido de uma importância crucial na manobra ofensiva do Estoril, e o golo de Bruno Lopes é o reflexo disso mesmo: uma tremenda jogada de Sebá, que finta dois adversários e cruza para o terceiro golo. No total, o brasileiro leva 24 presenças esta época em todas as competições, tendo sido titular em 20 deles. Com 6 golos e várias assistências, Sebá coloca a seguinte questão na cabeça do adepto portista: «Porque foi ele dispensado em detrimento de Licá, Ricardo ou Kelvin?». Só Paulo Fonseca pode responder. Entretanto, Marco Silva agradece.

Ataque versátil, rápido e maleável

Os 21 golos marcados pelo Estoril não são obra do acaso. A vertente ofensiva da equipa de Marco Silva apoia-se num segredo táctico de extrema utilidade: a versatilidade dos seus executantes, muitos deles capazes de jogar em várias posições do ataque, quer nos flancos, quer no centro do ataque. Além disso, as opções para o último terço de terreno são várias e ajudam a equipa a corresponder bem a qualquer mudança no desenho do ataque, pois a maioria das opções possuem as características chave deste tipo de manobra ofensiva tão repetida no Estoril - a velocidade da transição, o poder de drible e as trocas posicionais que baralham as marcações.