De acordo com David Coulthard, ex-piloto da Williams, McLaren e Red Bull, a maioria dos pilotos não estará satisfeita com os actuais monolugares, colocando novamente a tónica na falta de ruído dos motores V6 turbo.
Perder o som é perder entusiasmo?
Para o ex-piloto escocês, parte do interesse num Grande Prémio residia no facto de «chegar à pista e ficar entusiasmado pelo som. (...) Se formos ver os Rolling Stones e eles disserem que vão tocar em acústico porque estão a envelhecer e não querem tanto barulho, o público não ficará contente. Ácontece o mesmo na F1.», explicou Coulthard, que nunca conseguiu o título nas 15 épocas que disputou.
Para o escocês, a decisão da Formula One Management é, contudo, compreensível, uma vez que permite incrementar o investimento das marcas no desporto. Recorde-se que a Mercedes, uma das equipas do campeonato que também produz carros de estrada, ameaçara abandonar a modalidade se não fossem introduzidas alterações no sentido de diminuir a capacidade dos motores, que de outro modo continuariam a ser demasiado caros e tecnologicamente demasiado distantes de eventuais aplicações aos seus automóveis de produção.