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Gigante Krul, o carrasco do sonho Costa-Riquense (4-3 G.P.)

A Holanda venceu a Costa Rica por 4-3 no desempate por grandes penalidades. O adversário da Argentina nas meias-finais fica assim desvendado, deixando pelo caminho uma honrada Costa Rica.

Gigante Krul, o carrasco do sonho Costa-Riquense (4-3 G.P.)
Gigante Krul, o carrasco do sonho Costa-Riquense (Foto: Reuters)
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Por Pedro Oliveira Duarte

A laranja mecânica sofreu mas venceu. Foram precisos prolongamento e penalties para que o vencedor do embate entre Holanda e Costa Rica fosse conhecido. A selecção de Bryan Ruíz e companhia termina assim a sua caminhada no Mundial, competição que ficá para sempre na memória de um povo que viu os seus jogadores elevar bem alto a bandeira do seu país.

Pouca intensidade benéfica para os Costa-Riquenhos

Ao longo de todo o jogo a Holanda foi claramente superior. No que respeita a armas e atributos, a laranja-mecânica partia em evidente vantagem. No entanto e mais uma vez, a Costa Rica demonstrou levar a lição bem estudada, abdicando de ter bola para recuar linhas e defender num compacto bloco toda e qualquer investida holandesa. Duas palavras-chave poderiam de facto caracterizar esta equipa: Entreajuda e Solidariedade.

Foto: Reuters

Contudo, ao longo da primeira parte, esta superioridade Holandesa não se materializou, quiçá por culpa de um dominio pouco intenso e dinâmico por parte da equipa de Van Gaal. Sneijder que recuou no meio-campo para fazer a posição de De Jong ia tentando furar a muralha defensiva costa-riquenha, fazendo uso do seu passe e visão de jogo.

Foi o jogador do Galatasaray a criar a maior situação de perigo na primeira metade de jogo. Ao minuto 39’, na cobrança de um livre directo, Navas é obrigado a uma defesa difícil. Também Robben foi um dos jogadores mais ativos, recorrendo às suas tão características arrancadas, que desta vez não surtiram efeito. Para o intervalo levou-se assim um nulo no marcador.

Mundial de 2014 já não vive sem prolongamento.

O que seria deste Mundial sem mais um prolongamento? Será este um sinal de equilíbrio? A verdade é que, a segunda parte não nos trouxe grandes diferenças em relação à primeira. A Costa Rica até entrou melhor e mais pressionante, mas os músculos traíram Joel Campbell que foi vítima das exigências físicas de um modelo de jogo mais defensivo.

Com o decorrer deste segundo tempo a Holanda foi crescendo e cresceu de tal forma que acabou a sufocar a Costa Rica. As oportunidades seguiam-se, uma atrás da outra. Sneijder com uma bola no poste, Van Persie a ver um golo quase certo a ser cortado mesmo em cima da linha, entre muitas outras chances que não foram materializadas. Navas passou por alguns momentos de maior aflição.

Foto: Reuters

Seguiu-se então para mais meia hora de futebol no Brasil. A Holanda manteve-se igual a si própria e atacou, forçou e forçou cada vez mais mas a bola parecia não ultrapassar Navas. Depois de mais um festival de remates da laranja-mecânica, foi a Costa Rica a ter as meias-finais muito perto de si. Ureña ao minuto 117 fugiu à defensiva Holandesa e ficou frente a frente com Cillessen que salvou a sua equipa com os pés. Seguiam-se então os inevitáveis penalties.

Jogada de Génio de Van Gaal salva a Holanda

Antes da ronda de castigos máximos, Van Gaal opta por fazer algo pouco comum no Futebol. Substitui Cillessen e coloca Krul para defender as grandes penalidades. Aposta ganha. O guardião defendeu os remates de Brian Ruíz e Umaña, enquanto que nenhum dos seus companheiros de equipa falhou a conversão do castigo máximo. A Holanda carimbou a passagem às meias-finais do Campeonato do Mundo, seguindo-se agora a Argentina de Leo Messi.

Foto: Reuters