Há 112 anos, desfilavam merengues e blaugranos na inauguração do El Clásico. O encontro espanhol que se viria a tornar mais que um jogo de futebol, para passar a incorporar mentalidades e ideologias. Se a história em algo contribuir para o encontro de logo, estará do lado do Real Madrid, que em 84 jogos no Santiago de Barnabéu a contar para La Liga, venceu 51, contra as diminutas 18 vitórias do Barcelona e os 15 empates registados.

E também na totalidade das partidas disputadas entre os dois rivais, para todas as oficiais competições, a equipa da capital vizinha segue em destaque, embora de forma pouco significativa: em 271 disputas, 91 foram favoráveis ao Real e menos 3 significaram a vitória catalã. No último El Clásico disputado no Bernabéu, a 23 de Março deste ano, a vitória recaiu, porém, sobre a equipa visitante. O Barcelona venceu o opositor por 4-3, com um Hat-trick de Messi.

Messi, que assumirá este novo encontro com um factor pressionante adicional. Se hoje marcar, ficará registado como o melhor marcador de sempre no campeonato espanhol, batendo o recorde até então detido por Telmo Zarra. O argentino ainda é segundo com 250 golos, em 285 jogos, bastando apenas um tento para atingir o ouro no marcador. Na lista, consta também o nome de Cristiano Ronaldo, na 10º posição, com 193 golos em 172 jogos.

E falar no embate Real Madrid x Barcelona é, por estas épocas, opor Ronaldo e Messi, no campo das individualidades. Na disputa pela condecoração de melhor jogador do mundo, os dois já se cruzaram em 22 ocasiões, sendo que o argentino venceu por 9 vezes e o português por 5 apenas. Messi é o goleador máximo na história do El Clásico, partilhando honras com a antiga glória merengue, Alfredo Di Stéfano, que é também personagem de mais um episódio catapultor da rivalidade dos dois clubes. Em 1953, o argentino rumou a Espanha para representar o Barcelona, mas acabaria por trocar pelo emblema concorrente. E, no mesmo ano, foi responsável por 2 dos 5 golos, na vitória do clássico por 5-0.

Muitos são os nomes que atravessam o gráfico temporal deste encontro. Recordar todos seria de um saudosismo intensivo, pelo que apenas se ressalvam alguns que fizeram magia num Real Madrid x Barcelona. Como Ronaldinho Gaúcho, e a sua exibição brilhante em 2004/2005, que levou à vitória da Catalunha que representava (0-3) e a uma ovação única por parte de todo o estádio.

Ou o seu antecessor, Johan Crujiff, individualidade fundamental na maior vitória que o Barcelona conseguiu em casa do rival: 5-0, na época de 1973/74. E, ainda, Ivan Zamorano, que em 1994/95 faz um hat-trick e permite ao Real Madrid assinar também a vitória por 5-0.