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Jorge Rodrigues: um português no 11 ideal da Liga estoniana

Radicado desde 2011 na longínqua Estónia, o defesa Jorge Rodrigues encontrou a felicidade desportiva ao serviço do Nomme Kalju, onde é figura de destaque. O ano de 2014 viu o central afirmar-se para lá de qualquer reticência, facto que o levou a integrar o onze ideal da Premiium Liga.

Jorge Rodrigues: um português no 11 ideal da Liga estoniana
Foto via: Maisfutebol.iol.pt
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Por VAVEL

O seu trajecto em Portugal foi discreto, fora das luzes da ribalta, até à temporada 2008/2009, na qual que resolveu sair para o estrangeiro e aventurar-se na Eslovénia, representando o Gorica. Depois de actuar no Vila Real, no Sporting de Pombal e no Operário Lagoa, Jorge Rodrigues deu o salto mas a experiência não teve continuidade, apesar do segundo lugar na Liga eslovena - regressou a Portugal, vestindo as cores do Boavista e do Tondela.

Nomme Kalju: momento histórico 

A segunda aventura pelo estrangeiro revelou-se uma aposta ganha: o defesa central assinou, em 2011, pelo clube da Estónia Nomme Kalju, e rapidamente caiu nas graças do futebol local, afirmando-se como pilar defensivo da equipa. Ao segundo lugar no campeonato estoniano (no ano de 2011) seguiu-se o feito inédito da consagração nacional do Nomme Kalju, em 2012. Quer João Rodrigues quer o Kalju assim festejaram o primeiro título nacional.

O defesa português continua a dar cartas na liga da Estónia e é figura de proa do clube de Tallin, que em 2014 acabou em quarto lugar. Devido à constância exibicional, Jorge Rodrigues figurou no melhor onze de 2014 da liga estoniana, fazendo parelha, no centro da defesa, com Artjom Artjunin, jogador do Levadia. Aos 32 anos e perfeitamente adaptado à vida ao futebol estoniano, Jorge Rodrigues vai-se destacando por terras distantes - graças à boa carreira no clube, teve o privilégio de actuar nos palcos europeus da Liga dos Campeões e Liga Europa.

Conselhos de quem singrou lá fora

João Rodrigues deixou, em 2012, um conselho ao atleta português: «Eu aconselho o jogador português a emigrar, e a tentar o futebol onde mais apreciem as suas qualidades, pois temos jogadores que nascem com as mais variadíssimas qualidades, sejam elas técnicas, posicionais, agressivas num bom sentido, líderes, etc, e que são apreciadas de muitas formas por Mundo fora», declarou numa entrevista ao blogue Conversas Redondas, após se sagrar campeão.

«Só temos que encontrar os Países que mais se adequem às nossas qualidades, e mais tarde ou mais cedo, seremos reconhecidos pelo nosso trabalho. Em Portugal, para além da crise financeira, existem cada vez mais 'galos' para tão poucos 'poleiros', e não são só jogadores portugueses, pois temos muitos estrangeiros que nos tiram de certa forma o crédito, pois muitos deles aceitam qualquer coisa, e também pelo facto de serem na maior parte dos casos, mais bem apreciados que o chamado 'prato da casa'. Por isso, a nossa solução passa mesmo por emigrar, e é esse o conselho que dou aos meus colegas», aconselhou o defesa português, baseando-se na sua experiência profissional.