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Leonardo Jardim na «Champions»: Last (portuguese) man standing

Os oitavos-de-final fizeram mossa no contingente luso de treinadores presentes na Liga dos Campeões. Leonardo Jardim é o último técnico português em prova na competição dos milhões.

Leonardo Jardim na «Champions»: Last (portuguese) man standing
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Por VAVEL

A ronda dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões termina hoje mas um dado adquirido é já notícia: Leonardo Jardim, estreante em andanças tão avançadas da prova milionária, é o último técnico português ainda em prova. O treinador ex-Sporting liderou o Mónaco no duelo contra o Arsenal e acabou vitorioso, garantindo ontem, apesar da derrota caseira (0-2), o passaporte para os quartos-de-final.

Dessa feita, Leonardo Jardim tornou-se o único treinador luso ainda em competição, depois do contigente português ter sofrido as consequências da dureza dos oitavos-de-final: José Mourinho caiu perante o Paris Saint-Germain num filme de emoção, suspense e drama (para o português e para o Chelsea), e Paulo Sousa foi abatido sem dó pela armada de Julen Lopetegui, timoneiro do FC Porto, única formação lusa em prova.

Na fase de grupos o lote de técnicos lusos tinha já sofrido baixas consideráveis: Jorge Jesus voltou a sucumbir entre a elite da Europa, abandonado a competição com apenas uma vitória (precisamente frente ao Mónaco de Jardim), enquanto Marco Silva, líder do grupo leonino, também ficou pelo caminho, fruto de muito azar e alguma inexperiência do juvenil Leão ainda imberbe para consumo externo.

André Villas-Boas, treinador dos russos do Zenit, também não resistiu à fase de grupos: o ex-treinador de FC Porto, Chelsea e Tottenham ficou pelo mesmo caminho que o Benfica de Jorge Jesus, apesar de ter batido os encarnados por duas vezes, naquele que foi um dos dois duelos do torneio entre técnicos portugueses - no mesmo grupo, Villas-Boas encontrou também Leonardo Jardim.

Contra a maioria das previsões, Leonardo Jardim é, assim, o português que resta na Liga dos Campeões - José Mourinho, de quem se esperava mais, pela inerente reputação de ganhador, terá sido a desilusão maior. E, se a prestação do Basileia de Paulo Sousa foi pautada pela nota positiva (singrou num grupo com Liverpool e Real Madrid), já a do Benfica de Jesus e a do Zenit de Villas-Boas deixou a desejar.

O Sporting de Marco Silva fez os possíveis para ultrapassar a fase de grupos e a mais dificilmente poderia ter sido obrigado - entre azares, erros individuais, inexperiência colectiva e erros de arbitragem, o Sporting poderá e deverá orgulhar-se da sua prestação europeia na Liga dos Campeões. A vitória contra o Schalke 04 (em casa) mostrou que a equipa teve brio e em nada ficou atrás do lado germânico, que se qualificou para os oitavos-de-final da prova.