O derby de domingo surge numa altura em que que o Benfica de Rui Vitória ainda não triunfou contra os rivais direto. Jorge Jesus, por seu lado, beneficia tanto do facto de ter levado a melhor na disputa da Supertaça contra os rivais, como de estar melhor classificado na principal competição portuguesa. Conhecendo bem o adversário, que ele próprio tornou em muito na equipa que se apresenta hoje, o técnico dos leões tem todos os trunfos na mão e, para vencer, só precisará de repetir a proeza que fez na Supertaça.

9 de Agosto de 2015 - O primeiro duelo, que o Sporting venceu

Como é habitual, a Supertaça inaugurou a nova época, de 2015/2016. O vencedor do Campeonato, Benfica, e o vencedor da Taça de Portugal, Sporting, viajaram até ao Algarve para um jogo quente e intenso. As expectativas estavam ao rubro e a pressão era grande para ambos os lados, o que acabou por ser bem visível no jogo bem disputado e com bastante intensidade, mas nervoso. Indiscutivelmente, o Sporting de Jorge Jesus acusou menos a pressão e entrou melhor no jogo que, apesar de ter sido relativamente equilibrado, acabou por denotar uma certa supremacia dos leões, que acabaram mesmo por vencer por uma bola a zero.

Chegando ao intervalo sem golos, esperava-se uma segunda parte marcada pela procura do primeiro golo, com intensidade e muito movimento, e foi mesmo o Sporting que, aos 53 minutos, acabou por assumir a vantagem com um golo do peruano (agora excluído da equipa) Andrés Carrillo. Com muito jogo ainda para jogar, o Benfica tentou reagir na procura pelo empate, mas o bloco defensivo do Sporting mostrava-se bem organizado e consolidado, não dando permissão a estrelas como Gaitán, Jonas ou Mitroglou para fazerem a sua magia.

A partida acabou mesmo com a vitória dos de Alvalade e os Campeões em título saíram desmotivados do Estádio do Algarve, perdendo aquele que seria um jogo vital para reunir uma superioridade motivacional importante logo no arranque de temporada, naquele que foi o primeiro duelo entre o novo Sporting, mais ambicioso em termos de investimento, e um Benfica pós-Jorge Jesus, contido no investimento e a enfrentar um novo rumo técnico depois de seis anos sob a batuta do técnico de 61 anos.

Jesus já levou a melhor uma vez, Benfica aborda «derby» com pressão adicional

Com esta derrota das águias e o primeiro troféu alcançado pelos leões, Jorge Jesus tem a seu favor o facto de já ter batido este adversário e de conhecer bem os jogadores encarnados, o que lhe permitirá preparar tacticamente os de Alvalade por forma a colocar a pressão do lado do Benfica que chega a este derby com os nervos em franja, dado que reage à recordação do derby do Algarve com uma ânsia de chegar primeiro ao golo, ainda que conte com a clara vantagem de jogar em casa. Ainda para mais, a desvantagem pontual na Liga (5 pontos) coloca maior exigência nos ombros do Benfica - em caso de derrota caseira, as águias podem perder o comboio da liderança.

Os dados estão lançados e, por isso, cabe ao técnico Jorge Jesus saber conjugar o êxito na Supertaça com a liderança no Campeonato, para levar uma vantagem anímica no derby de domingo por forma a usar os trunfos que tem a seu favor – nomeadamente a pressão do lado das águias, depois de terem saído derrotadas nos dois jogos já realizados contra os dois principais rivais.

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