Anfield foi o palco do primeiro jogo das meias-finais da Liga dos Campeõe e o Liverpool foi verdadeiramente demolidor, vencendo a Roma por 5-2. A formação italiana esteve a perder por 5 golos de diferença e leva para a segunda mão a esperança de realizar mais uma reviravolta histórica na liga milionária. 

  Sem surpresas, a equipa da casa, alinhou no seu 4-3-3 habitual, a formação que tão bem resultou para eliminar o Manchester City na ronda dos quartos de final. Com um ataque impressionante, sendo a equipa mais concretizadora desta edição da Liga dos Campeões, os olhos do mundo do futebol estavam postos no trio ofensivo dos reds: Mané, Firmino, e o vencedor do prémio de jogador do ano da Premier League: Mohamed Salah

  Do outro lado, surgiu a equipa que surpreendeu tudo e todos na eliminatória anterior desta liga milionária. A Roma, orientada por Eusebio Di Francesco, surgiu em campo num 3-4-2-1, semelhante ao usado para consumar a reviravolta história frente ao Barcelona. Em relação a esse jogo, e por se tratar da primeira mão da meias-finais, a linha defensiva de 3, rapidamente se tornava numa de 5, procurando a formação italiana encurtar espaços aos homens mais ofensivos do Liverpool. 

  O árbitro da partida foi o alemão Felix Brych.

  O primeiro remate surgiu por parte dos romanos, logo aos 2 minutos depois de uma combinação entre Džeko e Kevin Strootman. O ponta de lança bósnio parou no peito e serviu o médio holandês para um remate à entrada de área. Karius, guarda-redes do Liverpool defendeu com segurança. 

  A resposta dos reds apareceu também num pontapé de fora de área, neste caso de Oxlade-Chamberlain, depois duma recuperação de uma segunda bola, um dos pontos fortes da equipa inglesa. 

  A Roma procurava pressionar mais alto no terreno, para condicionar a saída de bola pelos centrais do Liverpool. O médio belga, Nainggolan, ia jogando mais adiantado e mais perto do avançado, Edin Džeko

  Aos 16 minutos, Jürgen Klopp foi forçado a fazer a primeira substituição, depois de Oxlade-Chamberlain se ter lesionado no joelho após uma entrada de carrinho. Para o seu lugar, entrou o médio holandês Georginio Wijnaldum.

  Kolarov, à passagem do minuto 18, por pouco não silenciou os adeptos do Liverpool. Depois de um alívio na sequência de um pontapé de canto, o defesa bósnio rematou, de muito longe da baliza ainda, com potência. Karius abordou mal o lance e a bola acabou por bater com estrondo na barra, causando o primeiro lance de verdadeiro perigo da noite. 

  Perante uma estratégia bem montada pela equipa visitante, os reds iam passando por dificuldades em levar perigo junto da baliza da Roma, que apresentava os seus jogadores bem próximos uns dos outros, tornando difícil o jogo pelo meio-campo do Liverpool.

  Ao minuto 28, Mané tem nos pés uma oportunidade flagrante de golo. Roberto Firmino, com um pormenor de levantar o estádio, passou a bola por cima de De Rossi e isolou o senegalês com um belo passe. O extremo, na cara de Alisson Becker, guarda-redes da Roma, atirou muito por cima levando ao desespero os adeptos do Liverpool. Nem um minuto a seguir, Salah rematou de pé esquerdo para uma boa intervenção de Alisson. Em menos de um minuto, a equipa da casa "despertou" e colocou os romanos em sentido. 

  À passagem do minuto 33, a bola entrou mesmo na baliza da Roma, mas o golo foi anulado. Mané estava em posição irregular quando efetou o desvio para o fundo das redes. 

  3 minutos depois, surgiu o momento mágico da noite. Salah, quem mais poderia ser? O egípcio recebeu a bola de Firmino depois uma recuperação a meio-campo por parte dos reds, e efetuou um remate colocadíssimo ao canto superior esquerdo da baliza de Alisson. O guarda-redes da seleção brasileira bem se esticou, mas nada podia fazer perante tal remate. Um verdadeiro monumento de Salah que colocou a equipa de Liverpool em vantagem. 

  A segurança da Roma caiu por terra e a formação romana acusou o golo sofrido, algo que foi explorado pelos pupilos de Klopp. Aos 37 minutos, o Liverpool quase fez o 2-0, depois de um cabeceamento à barra de Lovren, na sequência de um pontapé de canto. 

  A perder os duelos no meio-campo e com a turma inglesa a aproveitar o espaço dado nas costas pelos defesas da Roma, a equipa italiana parecia incapaz de responder a este poderio do Liverpool. O perigo voltou a surgir junto da baliza de Alisson, depois de Wijnaldum ter recebido um grande passe de Milner. O médio que entrou a meio da primeira parte, rematou forte para uma boa defesa do guarda-redes brasileiro

   Ao fechar o pano sobre a primeira parte, no minuto 45, voltou a surgir a pareceria Firmino-Salah. O autor do primeiro golo, recebeu no peito e tocou para Firmino, que tirou Manolas do caminho e voltou a isolar o companheiro de equipa. Com toda a classe do mundo, Salah picou a bola sobre o guardião brasileiro e ampliou a vantagem dos da casa para 2-0. Tal como no primeiro golo, o extremo egípcio não festejou por ter marcado à antiga equipa. 

  O jogo foi para intervalo com Anfield ao rubro e com os reds a levarem para os balneários uma vantagem de dois golos, com dois golos de Salah

  Cengiz Ünder não voltou para a segunda parte, e Di Francesco lançou para o seu lugar o Patrik Schick, o médio checo de 22 anos que se colocou ao lado de Džeko na frente de ataque. 

  As equipas trocaram de lados mas o ritmo e a intensidade do jogo não mudou. O que não mudou também foi o aproveitamento do Liverpool do espaço nas costas dos defesas da Roma. Ao minuto 56, o lateral direito dos reds Alexander-Arnold, colocou a bola em profundidade para as costas de Juan Jesus. O esférico foi ter aos pés de Salah e a partir daí, tudo fácil. O extremo entrou na área e cruzou atrasado para Mané encostar e colocar o Liverpool ainda mais confortável no jogo, ampliando assim a vantagem para 3-0

  Com a equipa romana completamente arrasada, o Liverpool aproveitou e não tirou o pé do acelerador, voltando a marcar. Desta feita, foi a vez de Firmino fazer o gosto ao pé. Novamente Salah a receber na ala direita à vontade, levou a bola para o interior da área e cruzou rasteiro para Firmino encostar com tremenda facilidade. Aos 61 minutos, os adeptos da cidade dos Beatles já só pensavam na final de Kiev, com um verdadeiro festival de futebol do Liverpool. 

  Com a maior das naturalidades, o Liverpool voltou a a marcar. Novamente Firmino, de cabeça desta vez, a corresponder da melhor maneira a um canto marcado por Milner. 5-0 aos 69 minutos, uma noite de sonho para a turma de Klopp que ia levando à loucura os seus adeptos. 

  A destroçada equipa da Roma, tentou levar perigo à baliza de Karius aos 72 minutos, depois de um cabeceamento de Schick em resposta ao cruzamento de Strootman. 

  A ovação da noite surgiu aos 75 minutos quando Klopp tirou Salah para a entrada de Ings. Anfiel de pé, aplaudiu o extremo que carimbou mais uma exibição sensacional

  Com uma manita no marcador, o jogo baixou de ritmo e o Liverpool foi gerindo o jogo dando a iniciativa de jogo à Roma que acabou mesmo por marcar ao minuto 81Nainggolan enviou um cruzamento em profundidade preciso para dentro da área e Lovren calculou mal o tempo de salto. Edin Džeko recebeu e fez um remate rasteiro e colocado, mudando o marcador em Anfield para 5-1.

  A Roma continuou com a posse de bola e voltou a marcar. Desta vez, foi na cobrança de uma grande penalidade. Perroti, aos 85 minutos, reduziu a vantagem dos romanos para 3 golos de diferença. 

  Voltaram a acreditar os adeptos da formação italiana, que até ao final do jogo viram a sua equipa voltar a cercar a baliza de Karius. O jogo chegou ao fim com o resultado final a marcar 5-2, num jogo quase perfeito do Liverpool. Os dois golos sofridos pela equipa da casa dão esperança à equipa italiana, que precisa de mais uma reviravolta épica se quiser marcar presença na final de Kiev.