Uma das poucas modalidades repetidas em parte do programa olímpico, o Judô está presente também no programa paralímpico limitado aos deficientes visuais desde Seul 1986 para homens e Atenas 2004 para mulheres.

Os atletas são divididos em 13 subcategorias de acordo com seu peso, sendo 7 categorias para homens e 6 categorias para mulheres e há também uma classificação de acordo com o grau de deficiência visual. Esta classificação não limita a disputa entre judocas de diferentes classes.

São classificados em B1 os atletas que não tem a visão total ou enxergam feixes de luz porém sem reconhecer o formato de uma mão. Já os atletas B2 tem percepção apenas enxergando vultos. Os designados como B3 conseguem definir imagens nitidamente.

Local de prova

A Arena Carioca 3 construída exclusivamente para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos será a sede do judô paralímpico, tendo já recebido esgrima e luta olimpíca. São 12 mil espectadores em capacidade para as competições.

Campeões em Londres

O domínio na Inglaterra coube aos ucranianos, donos de 3 ouros e 2 bronzes conquistados entre masculino e feminino. Em quantidade de conquistas a China foi quem mais somou medalhas na disputa, foram 7, com destaque para 5 pratas.

Empatado com Cuba e atrás da Rússia os brasileiros somaram 4 medalhas entre uma prata e três bronzes. Michele Ferreira na categoria até 52kg venceu bronze, assim como Daniele Bernardes na categoria até 63kg e Antônio Tenório no meio pesado masculino(100kg). Quem chegou mais perto do ouro foi Lúcia da Silva Teixeira na categoria até 57kg conquistando a segunda colocação.

Os Favoritos no Rio

Os judocas ucranianos continuam lutando bem, tendo o domínio nos torneios mais importantes como o Campeonato Mundial e Open's de judô. Dmytro Solovey é líder na categoria até 73kg e deve repetir o feito do ciclo anterior, assim como Davyd Khorava outra vez entre os melhores na categoria até 66kg.

Brasileiros tem esperança no multimedalhista Antônio Tenório, 5º lugar no Open alemão realizado neste ano de 2016 na categoria até 100kg.Arthur Silva(90kg) e Harlley Perreira(81kg) são outras chances brasileiras de medalha lutando em casa, além de Abner Oliveira (73kg) e Rayfran Fontes(60kg).

No feminino a Rússia é quem tem as melhores judocas, são seis entre as cinco melhores em cada peso, tendo Stepanik líder na categoria até 52kg, enquanto Kalyanova é a primeira colocada na categoria até 70kg. Lucia Araújo segue como o destaque brasileiro sendo uma das melhores na categoria menos 57kg.

Curiosidades

Algumas diferenças são notadas entre o esporte olímpico e  paralímpico, a principal delas é a luta ser iniciada com os judocas segurando um ao outro para terem noção onde o adversário está localizado.

Outras duas curiosidades são a punição em voz alta, dizendo o nome do atleta punido e avisando-o da punição recebida. Ainda no campo das punições, a saída do dojo não recebe qualquer tipo de punição, diferente do que ocorre no esporte sem limitações.