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Raio-X: Augusto Inácio

Augusto Inácio conquistou no último domingo a Taça da Liga com o Moreirense, alcançando assim um feito único para o clube minhoto, mas também para si um dos troféus mais especiais da sua carreira enquanto treinador.

Raio-X: Augusto Inácio
Augusto Inácio venceu a Taça da Liga com o Moreirense
rodolforeis
Por Rodolfo Reis

Augusto Inácio completou 62 anos na passada segunda-feira, mas a prenda de aniversário chegou na véspera ao vencer a Taça da Liga com o Moreirense, derrotando na final o Sporting Braga por 1-0. Isto depois de já ter deixado pelo caminho nas meias-finais o Benfica e ainda na fase de grupos o FC Porto. Um marco histórico e inédito para a formação minhota, e também para o técnico que volta a deixar a sua marca na história do futebol português.

Para Augusto Inácio a carreira como treinador teve início em 1991 ao serviço do Rio Ave, após ter orientado as camadas de formação do FC Porto depois de terminar o seu percurso como jogador profissional. Um ano em Vila do Conde foi o suficiente para regressar aos azuis e brancos como adjunto entre outros de Sir Bobby Robson, e onde se tornaria campeão nacional.

Entre 1996 e 1999 viveu um período conturbado, com passagens curtas por Felgueiras, Marítimo e Desportivo Chaves, chegando a «dividir» o banco de suplentes com técnicos como Manuel José, Marinho Peres, Nelo Vingada e até Jorge Jesus. Só que no verão de 1999, chegou o convite do Sporting para substituir o italiano Giuseppe Materazzi, e a aposta não podia ter-se revelado mais certeira.

Augusto Inácio «domou» os leões e conduziu-os ao título de campeões nacionais que fugia há já 18 anos. No ano seguinte as coisas começaram a não correr bem e o técnico acabou por rumar ao Minho, para durante quatro temporadas orientar o Vitória Guimarães. A melhor época foi a terceira terminando no quarto lugar e qualificando os vimaranenses para a Taça UEFA. Na quarta temporada saiu ao fim de 14 jogos devido aos maus resultados, e foi substituído por Jorge Jesus.

Voltou a Lisboa para comandar o Belenenses, antes da sua primeira aventura internacional ao serviço do Al-Ahli, que durou pouco tempo, regressando a Portugal para treinar o Beira-Mar durante três anos, vencendo a Liga de Honra em 2006 e levando o clube à Primeira Liga. Passou depois pelo Ionikos da Grécia, Foolad FC do Irão e o Interclube em Angola.

De novo em Portugal treinou a Naval durante uma época e foi um dos três treinadores que orientou o Leixões na temporada 2010-2011. Nova experiência no estrangeiro nos romenos do Vaslui FC, para em 2012 ter uma primeira e curta passagem pelo Moreirense. Nos últimos quatro anos esteve como dirigente ao serviço do Sporting, no mandato de Bruno de Carvalho, mas as saudades de voltar a treinar, bateram à porta e foi o Moreirense outra vez, e em boa hora para os de Moreira de Cónegos a chamar por Augusto Inácio, que tem agora pela frente a missão de garantir a permanência do clube no principal escalão do futebol português.