Em grande decisão disputada no Estádio Olímpico de Ataturk neste sábado (10), o Manchester City superou a Inter de Milão por 1 a 0 e conquistou o título da UEFA Champions League 2022/23.

Os italianos conseguiram executar sua estratégia defensiva com muita efetividade no primeiro tempo, mas os Citzens buscaram o gol do título na etapa complementar com Rodri.

Este é o primeiro título de Champions League da história do Manchester City. Além disso, o atual elenco está eternizado com a Tríplice Coroa (títulos da Premier League, FA Cup e Champions League), igualando o feito histórico do Manchester United.

  • Técnicos tomaram decisões mudanças importantes para a grande decisão

Guardiola fez duas mudanças em seu time titular em relação a vitória sobre o Manchester United no último final de semana, marcado pela conquista da FA Cup. Ederson retornou à a titularidade no gol deixando Ortega no banco.

No entanto, a mudança mais relevante ocorreu no lado direito defensivo com o retorno Akanji no lugar de Kyle Walker que também começOU no banco. Haaland mais uma vez ficou apoiado por uma linha de ataque de quatro jogadores formado por Bernardo Silva, De Bruyne, Gundogan e Grealish.

Do outro lado, a Inter fez cinco alterações em relação à vitória diante do Torino na última rodada da Serie A. Onana substituiu Handanovic no gol, com o experiente goleiro retornando ao banco.

Acerbi ficou na frente de De Vrij na zaga, enquanto Barella e Dimarco retornaram ao meio-campo. O ex-atacante do City, Dzeko, começou ao lado de Martinez no terço final, deixando Romelu Lukaku no banco de reservas, na decisão mais relevante de Simone Inzaghi.

 

  • Inter de Milão executou plano de jogo com perfeição no primeiro tempo

O primeiro tempo da decisão ficou marcado por bastante intensidade física devido à postura da Inter de Milão. Mesmo atuando sem a posse de bola, os italianos pressionaram as saídas da equipe de Pep Guardiola, dificultando o desenvolvimento do estilo de jogo característico.

Uma das raras finalizações dos Citzens ocorreu aos 5', depois que Bernardo Silva invadiu a grande área pela direita para chutar colocado. A bola saiu ao lado direito do gol defendido por Onana, líder em defesas na atual temporada da Champions League.

Aos 10', um dos lances mais marcantes do primeiro tempo caracterizou o momento de nervosismo do City e a pressão alta da Inter, quando Ederson tentou sair jogando pela esquerda e acabou mandando pela linha lateral.

Na sequência, Ederson saiu jogando com Rúben Dias, que não dominou e acabou deixando a bola na medida para Barella pegar de primeira, pelo lado direito do ataque, assustando o goleiro brasileiro com a bola passando perto do gol. Porém, entre os 25 à 35 minutos, o Manchester City cresceu de produção e conseguiu explorar mais os espaços adversários.

Na melhor chance de gol aos 26', De Bruyne enfiou na grande área e Haaland finalizou, mas Onana fez grande defesa. Depois, foi a vez de Gundogan roubar a bola no campo ofensivo e abrir para Grealish tentar um cruzamento, mas o inglês não pegou bem na bola.

Antes do encerramento do primeiro tempo, a história envolvendo Kevin De Bruyne em uma final de Champions League se repetiu e o belga deixou o campo lesionado, sentindo dores musculares na posterior da coxa direita, sendo substituído por Phil Foden.

  • Manchester City aproveitou espaços e buscou o gol histórico de Rodri

Mesmo sem finalizações no alvo, a Inter de Milão certamente ficou satisfeita com o desempenho da equipe sem a bola durante o primeiro tempo, cedendo apenas duas finalizações no alvo para a equipe de Pep Guardiola em 45 minutos de futebol.

Justamente pela estratégia bem sucedida, os italianos mantiveram a estratégia no segundo tempo com linhas médias, deixando o Manchester City novamente no controle da posse de bola. Nos dez primeiros minutos, os Citzens não encontraram espaços para finalizar.

A situação do segundo tempo começou a mudar logo após a entrada de Lukaku no lugar de Eden Dzeko. Aos 12', Dumfries fez bom passe pelo meio buscando Lautaro Martinez, mas Akaji fez o corte providencial. Na sequência, Bernardo Silva falhou na saída de jogo e Lautaro ficou no 1v1 contra o goleiro Ederson, que fechou o ângulo e fez uma defesa incrível.

O City tentou responder à pressão com boas tramas envolvendo Stones e Haaland, mas as tomadas de decisão nos momentos das finalizações foram negativas. Porém, o panorama da decisão estava prestes à se modificar.

Aos 23 minutos do segundo tempo, Akanji fez um passe na frente para Bernardo Silva cruzar. A bola desviou em Acerbi e ficou na medida para Rodri surgir com total liberdade na meia-lua para chutar firme de chapa e acertar o canto esquerdo de Onana, abrindo o placar para o Manchester City.

Foto: Divulgação / UEFA
Foto: Divulgação / UEFA
  • Reta final marcada por fortes emoções

Na tentativa imediata de responder ao gol sofrido, a Inter de Milão perdeu uma chance inacreditável. Aos 25', Dimarco pegou sobra para dentro da área e testou por cobertura. A bola parou na trave e voltou para o ala-esquerdo que cabeceou com categoria, mas a bola acabou resvalando em Lukaku, que atuou como zagueiro e tirou o gol da Inter.

Em nova tentativa dos italianos aos 27', Lautaro Martínez fez um passe por dentro da área achando Lukaku, que encarou a marcação e finalizou com firmeza, só que o goleiro Ederson estava bem posicionado e fez a defesa em dois tempos.

Com o objetivo de buscar o gol de empate, a Inter executou duas mudanças na reta final, com as entradas de Robin Gosens e Raoul Bellanova nos lugares de Alessandro Bastoni e Denzel Dumfries, alternando a formação tática para o 4-4-2.

Por um lado, Inzaghi deixou a Inter mais ofensiva nos momentos decisivos, mas o City acabou ficando mais confortável no controle da posse de bola. Além disso, Guardiola optou pela entrada de Kyle Walker no lugar de John Stones.

Percebendo que a situação estava se complicando, a Inter fez mais duas mudanças com cinco minutos restantes: Mkhitaryan e D'Ambrosio foram acionados para substituírem Çalhanoglu e Darmian, controlando mais a posse de bola nos minutos finais.

A Inter de Milão conseguiu ocupar o campo ofensivo na reta final e assustou o torcedor do City próximo dos acréscimos. Brozovic cruzou em direção à grande área, Gosens desviou na segunda trave e Lukaku testou firme, mas Ederson fez uma defesa impecável para consagrar o título dos Citzens. Nos acréscimos, o goleiro voltou a salvar a equipe de Pep Guardiola com defesa incrível no escanteio de Mkhitaryan.