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Fórmula E desembarca em São Paulo para quarta etapa da 10ª temporada

Com três vencedores diferentes em três provas até o momento, mundial de carros elétricos chega a capital paulista sem favoritos

Fórmula E desembarca em São Paulo para quarta etapa da 10ª temporada
Foto: FIA Fórmula E
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Por Rodrigo Nascimento

O Sambódromo do Anhembi já está pronto para receber pelo segundo ano consecutivo uma etapa do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E. No próximo sábado, 16 de março, carros elétricos, equipes e pilotos da categoria estarão na capital paulista disputando a quarta etapa de um total de 16 previstas para a 10ª temporada.

O mundial de monopostos elétricos chega à cidade com o neozelandês Nick Cassidy (Jaguar TCS Racing) na liderança, após ter vencido a corrida 2 de Diriyah. Aliás, em seu ano de estreia pela equipe britânica após ter disputado os últimos anos pela Envision Racing, o kiwi acumula três pódios em três corridas disputadas.

Porém, apesar desse aparente domínio de Cassidy, é preciso deixar claro que em três corridas disputadas foram três vencedores diferentes. O atual campeão mundial de Fórmula E, Jake Dennis (Andretti), ganhou a corrida 1 em Diriyah, enquanto Pascal Wehrlein (TAG Heuer Porcshe) foi o primeiro no E-Prix da Cidade do México, etapa de abertura da atual temporada.

Vencedor do E-Prix de São Paulo na edição passada, o companheiro de equipe e compatriota de Nick Cassidy, Mitch Evans ocupa a quinta colocação, mas pontuou nas três provas realizadas, justificando a liderança da Jaguar TCS Racing no mundial de equipes e colocando o time britânico como o grande favorito para este fim de semana no Brasil, até mesmo por conta da etapa do ano passado.

Na ocasião, a prova contou com 114 ultrapassagens e 11 mudanças de lideranças. O top-3 cruzou a linha de chegada separados por meio segundo, e os três carros contavam com powertrain Jaguar. Além de Evans no degrau mais alto, o pódio contou com Cassidy em segundo e Sam Bird (na época piloto da Jaguar) em terceiro.

A categoria dos carros elétricos conta com 22 pilotos e 11 equipes e está em sua décima temporada. A Fórmula E tem como parceiro estratégico para o Eprix brasileiro a Prefeitura de São Paulo e a São Paulo Turismo - SPTuris.

Brasileiros buscam pontos importantes na corrida de casa

Correndo pelo segundo consecutivo em casa, o paulistano Lucas di Grassi está focado em buscar os primeiros pontos desta temporada diante de sua torcida. Este ano o campeão da terceira temporada da Fórmula E retornou a ABT, equipe pela qual disputou os primeiros anos do mundial de carros elétricos, mas até o momento o brasileiro não conseguiu ter um bom desempenho.

Na temporada passada, Lucas di Grassi corria pela Mahindra e após danificar o carro no treino classificatório, foi obrigado a largar na última posição. Ainda assim, ele conseguiu escalar o pelotão e terminou o ePrix da 13ª colocação.

“Será uma prova sensacional. Acho que a estratégia na corrida vai ditar muito o resultado final, mais do que a performance do carro, e a gente espera conseguir fazer pontos ou de repente terminar no pódio. Uma boa estratégia vai ser fundamental”, comentou Lucas di Grassi.

“Conseguir trazer essa prova para São Paulo após dez anos tentando foi incrível. O ano passado, a prova em si foi muito legal, o circuito bem organizado, o traçado é legal, com muitas ultrapassagens, reta longa, 280 quilômetros por hora naquela reta do Sambódromo. Espero que este ano seja ainda melhor”, completou o campeão.

Sérgio Sette Câmara chega a São Paulo após um bom fim de semana na rodada dupla de Diriyah, principalmente na corrida 1, quando o piloto da ERT Formula E Team largou em 3º e terminou a prova na 9ª colocação, marcando os dois primeiros pontos dele e do time nesta temporada.

No ano passado, Sette Câmara até fez um bom treino classificatório em São Paulo e poderia ter chegado aos playoffs se não fosse uma punição da FIA por conta de um pico indevido de energia em seu carro. Por conta disso, ele largou em 16º, posição na qual terminou o ePrix.

Para a prova deste fim de semana, Sette Câmara prevê um pouco mais de dificuldades por conta do circuito de rua paulistano, que é muito mais rápido que a maioria, e conta com a maior reta do calendário, com 750 metros de pé embaixo, o que pode fazer diferença no que diz respeito ao gerenciamento de energia.

“É uma pista que demanda muito mais energia. Quando a gente vê retas longas, quer dizer que um grande percentual da volta é feito com o pé no fundo, ou seja, acelerando o máximo''. 

''Isso drena a bateria e é um momento da volta que você não pode fazer nada, você está andando em linha reta, pé no fundo. Cada segundo que eu passo ali naquela reta é um segundo que o meu carro está gastando mais do que outros, por não ser tão equilibrado quanto a maioria dos demais carros do grid em termos de ritmo de corrida e gerenciamento de energia. Então isso beneficia muito os carros equilibrados, principalmente os carros da Porsche e da Jaguar”, explicou Sérgio Sette Câmara.

Com 2.930 metros e 11 curvas, além de uma enorme reta, o E-Prix de São Paulo promete ser um show, e não só no que diz respeito à corrida. Uma festa pós-pódio será realizada ao final do ePrix, com o palco móvel ocupando a passarela do samba e comandado por Bruno Martini e o DJ Ryan Arnold, encerrando o evento.

Os ingressos para o E-Prix de São Paulo estão à venda e podem ser adquiridos no site da Eleven Tickets. Para quem não puder ir ao ePrix, poderá assistir a prova ao vivo na Band, a partir das 13h deste sábado (16).

Programação do E-Prix de São Paulo 2024
Sexta-feira, 15 de março
16h30 – 17h: 1º Treino Livre

Sábado, 16 de março
7h30 – 8h: 2º treino livre
9h40 – 11h03: treino classificatório
14h04: Corrida/Largada