Brasil e Paraguai se enfrentam nesta terça (28), às 21h45, na Arena Corinthians, pela 14ª rodada das Eliminatórias. No último treino antes do duelo, Roberto Firmino foi poupado e Diego Souza treinou entre os titulares, mas Tite não fez segredo: "Alisson; Fágner, Miranda, Marquinhos, Marcelo; Casemiro, Paulinho, Renato Augusto, Coutinho; Neymar e Roberto Firmino", esse será o time titular. A escalação foi confirmada pelo próprio treinador, nesta segunda, em coletiva de imprensa.
E o local da partida tem um gosto especial para Tite, que retorna à casa do clube onde conquistou seus principais títulos na carreira. Mas foi lá onde se envolveu em uma polêmica recente. No clássico entre Corinthians e Santos, no Paulistão, foi flagrado vibrando com gol alvinegro, gerando desconforto. Nesta segunda, em coletiva, o treinador tratou de colocar um ponto final no assunto.
"Respeito todas as opiniões, mas explico. Sou um ser humano que tem emoções e gratidão. Sou grato ao Corinthians e as pessoas com quem estava ao lado. Se a partida fosse em Santos, faria exatamente a mesma coisa. Liguei ao presidente do Santos e ao Dorival Júnior me desculpando, pedi para que interpretasse aquilo (comemoração) como um ato humano, de quem sentia e vibrava", declarou.
A grande novidade para a partida contra o Paraguai fica por conta de Neymar, que será o capitão pela primeira vez desde que assumiu o comando da seleção. Tite elogiou a postura do atacante do que diz respeito a amadurecimento dentro de campo e a pressão que sofre com apenas 25 anos.
"Ele merece a faixa de capitão. É um líder técnico e está em fase amadurecimento para quem sofre pressões desumanas. Eu dei uma entrevista na apresentação da seleção olímpico e critiquei por tudo ser em volta do Neymar. Futebol é conjunto. O talento dele deve ser emprestado, não o contrário. A faixa de capitão continha uma carga expressiva e isso precisava ser mudado. Ele levou 50 faltas nos últimos jogos e focou no jogo"
Tite foi além nos elogios e cravou: "Neymar será o melhor do mundo, inevitavelmente". O técnico destacou a concorrência com Messi e Cristiano Ronaldo, vencedores do prêmio nos últimos nove anos, mas lembrou que o brasileiro é de uma geração diferente - tendo cinco anos a menos de idade.
"Ele não pode responder isso, mas eu posso. São gerações diferentes. Ele fez 25 anos, Cristiano (Ronaldo) e Messi tem 30 para cima. Eles estão jogando em alto nível, mas vejo Neymar como o que está em mais alto nível dessa geração. É inevitável, principalmente com esse processo de amadurecimento que ele está"
