Uma rivalidade centenária em um histórico de 100 partidas disputadas. Apesar de serem eternos arquirrivais, os momentos de Argentina e Brasil são praticamente os mesmos. Os treinadores das duas seleções passam por desconfiança da torcida e esperam sempre boas atuações dos principais jogadores de suas esquadras. Nesta quinta-feira (12), às 22 horas (horário brasileiro de verão), os times se enfrentam no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O confronto é válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018.
A campanha dos escretes é aquém do esperado. O Brasil foi derrotado em uma partida apática na estreia, mas conseguiu vencer a Venezuela e espera manter o embalo para se aproximar da liderança. Do outro lado, a Argentina somou apenas um ponto em duas rodadas, e procura desesperadamente por uma vitória para afastar a má fase e ganhar confiança para os desafios à frente.
Ao todo, uma das maiores rivalidades já foram medidas em campo 100 vezes. A Amarelinha levou a melhor em 39 oportunidades, enquanto a Albiceleste conquistou a vitória em 36 confrontos, além de 25 empates.
Gerardo Martino tem sérios desfalques para definir escalação
A Argentina precisa da vitória desesperadamente. Entretanto, a situação não é fácil. Além da pressão normal por causa da busca dos resultados, o técnico Gerardo ‘Tata’ Martino – que também está pressionado e seu trabalho é discutido à frente da Albiceleste, encontra seis desfalques importantes, jogadores considerados fundamentais no time principal dos hermanos.
Os defensores Pablo Zabaleta e Ezequiel Garay, além dos atacantes Lionel Messi, Carlos Tévez e Sergio Agüero estão lesionados e não jogam. O meia Javier Pastore é dúvida, devido a provlemas no joelho direito, e tem grandes chances de não entrar em campo. Tata Martino afirmou que as dificuldades colocam um empecilho e podem deixar a torcida temerosa, mas acredita no potencial do grupo e está tranquilo quanto a cobranças por seu trabalho à frente da Argentina.
“Quando perdemos, há ‘Messidependência’, mas quando se ganha, não se fala disso. A verdade é que a seleção chegou a duas finais em dez meses, mas as pessoas viram de outra forma. Falariam da minha continuidade de qualquer maneira. Aconteceu com muitos treinadores e principalmente nos times mais privilegiados. Sempre há interesses com respeito a esses lugares. As críticas não me parecem estranhas. Gostaria que isso não acontecesse, mas sei que a única maneira que isso ocorra é ganhando todos os jogos”, comentou o treinador da Albiceleste.
Brasil espera aumentar crise do arquirrival
Nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil conquistou uma vitória importante diante da Venezuela por 3 a 1. Agora o teste é mais complicado ao enfrentar o arquirrival fora de casa. Vencer a Argentina é motivo preponderante para ganho de confiança e aproximação dos líderes da competição no momento.
O técnico Dunga tem dúvidas para escalar a equipe. Diferente do oponente, porém, sobram opções para formar o time principal. Certo é o nome de Neymar. O principal jogador brasileiro da atualidade está confirmado e estreia nas Eliminatórias, uma vez que estava suspenso por quatro jogos por punição na Copa América e pelo fato do Brasil não ter disputado o qualificatório para o Mundial anterior por ter sediado a Copa do Mundo.
No gol, Alisson é favorito para começar como titular e vencer a disputa entre Jefferson e Cássio. Na lateral-direita, a dúvida entre a experiência de Daniel Alves e o talento de Danilo. A tendência é que na frente, William e Douglas Costa continuem na formação inicial. Dessa forma, Ricardo Oliveira, Oscar e Lucas Lima brigam por uma vaga para ser companheiro de Neymar no pelotão ofensivo. O treinador brasileiro comentou em entrevista coletiva a pressão no clássico mais importante das Américas, além da “fragilidade” adversária por não contar com jogadores fundamentais.
“A pressão é a mesma. Continuamos com uma vitória e uma derrota. Nunca foi fácil eliminatória para o Brasil e para outros times. A tendência é ter mais dificuldade, pela experiência dos jogadores que estão na Europa. Pressão sempre vai existir. Qualquer coisa que acontece, vem a pressão. Não falamos em trabalho. E aí você vê o quanto é importante resultado na Seleção. Argentina joga em casa, foi vice-campeã mundial e tem vários grandes jogadores. Isso demonstra a dificuldade. Não há favoritismo”, disse Dunga.