
O Manchester City entra em campo neste sábado (3) para tentar dar sequência à tentativa de uma temporada histórica. Após conquistar antecipadamente o título da Premier League, os Citzens buscam neste final de semana a taça da FA Cup (Copa da Inglaterra) diante do Manchester United.
Em quase todas as temporadas sob o comando de Pep Guardiola, os torcedores viram o Manchester City estar próximo desta conquista, só que alguns fatores atrapalharam esse feito histórico nas últimas temporadas. No entanto, a temporada 2022/23 apresenta ao Manchester City a melhor oportunidade para corrigir os erros das últimas campanhas.
Os comandados de Pep Guardiola já conquistaram o título da Premier League e têm partidas favoráveis nas duas finais da copa. Enquanto o Manchester United pode dar um enorme trabalho ao Manchester City em sua tentativa de impedir a Tríplice Coroa, os Cizens são amplos favoritos na decisão da UEFA Champions League, quando enfrentarem a Inter de Milão no próximo fim de semana.
O Manchester City chegou à final da FA Cup após deixar grandes adversários para trás como Chelsea, Arsenal, Bristol City, Burnley e Sheffield United. E no caminho do Manchester City estará o Manchester United, que deve estar determinado a impedir que seus vizinhos se tornem o segundo time inglês a completar a temporada perfeita.
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1999: A primeira grande decisão na história do Manchester City
Antes de abordarmos novamente o contexto histórico envolvido com o atual elenco, precisamos retornar onde tudo realmente começou. Em maio de 1999, o Manchester City marcou dois gols improváveis para evitar a derrota em uma decisão que parecia perdida. Tendo ficado para trás faltando apenas alguns minutos para o fim, os gols provocaram grandes comemorações, elevando os artilheiros a um status de ícone entre os torcedores.
Vinte e quatro anos depois, esta final ainda é considerada um divisor de águas na história do clube, em Wembley, contra um clube chamado Gillingham, em confronto que decidiria qual time seria promovido da terceira divisão.
O City tentava recuperar seu lugar na Primeira Divisão (Championship), da qual havia sido rebaixado vergonhosamente na temporada anterior. Eles ingressaram na Liga de Futebol em 1892 e esta foi sua primeira experiência na terceira divisão, então havia um sentimento compreensível de desespero sobre a situação.
Quando o jogo estava entrando no minuto final, o Gillingham de Tony Pulis estava vencendo por 2 a 0 e se preparando para comemorar a promoção à segunda divisão pela primeira vez em seus 106 anos de história. Tendo marcado dois gols nos 10 minutos anteriores, os Gills pareciam ter cronometrado sua onda de vitórias com perfeição. Mesmo quando Kevin Horlock marcou para o City aos 45 do segundo tempo. Nos acréscimos, Paul Dickov provocou a prorrogação com um empate heroico.
Após 30 minutos sem gols na prorrogação, o City venceu nos pênaltis (apesar de Dickov ter falhado sua cobrança de pênalti), encerrando um clímax incrível. Esta foi a primeira grande decisão da história deste clube, que vive uma realidade completamente diferente da atualidade.
- Realidades paralelas: Enquanto City evitava a 3ª divisão, Manchester United vivia o seu auge histórico
Na mesma semana em que o Manchester City estava preocupado com o rebaixamento à 3ª divisão, o Manchester United marcava dois gols espetaculares para vencer a final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique, completando a primeira e única Tríplice Coroa de um clube inglês.
Sair da terceira divisão claramente não chega perto de vencer a principal competição do futebol europeu em termos de prestígio, mas foi sem dúvida tão importante no desenvolvimento do City. A diferença entre as fortunas dos dois clubes era enorme, além da presença nos estádios nos jogos de ambos os clubes.
O Manchester United garantiu o 12º título inglês ao superar o Tottenham por 2 a 1, com mais de 55 mil pessoas presentes em Old Trafford. Na mesma semana, o Manchester City jogou para apenas 6.672 pessoas na primeira semifinal dos playoffs contra o Wigan Athletic, em jogo realizado no Springfield Park.
Esse contexto histórico foi necessário para evidenciar o que está em jogo neste final de semana. O Manchester City impediu o título do Arsenal com uma ótima arrancada na segunda metade da Premier League 2022/23 para assegurar o título, mas na FA Cup, em jogo único no Wembley, o Manchester United jogará pensando também na história do clube.
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Em busca do título: Manchester City terá força máxima contra os Red Devils

Diferentemente do adversário, Pep Guardiola não terá novos problemas de escalação para lidar antes da viagem a Wembley. O técnico do Manchester City deve ter um elenco completo à sua disposição na final da FA Cup contra o Manchester United no sábado (3).
Guardiola revelou em sua coletiva de imprensa pré-jogo nesta sexta-feira (2) que Stefan Ortega será titular. Com isso, é provável que o Manchester City entre com uma formação de 3-2-4-1 com o goleiro das Copas atuando contra o Manchester United. No entanto, o sistema se transformará em um 4-3-3 com base na fase do jogo.
O recuperado Akanji deve regressar ao onze inicial. O suíço provavelmente se juntará a Ruben Dias e Nathan Ake na defesa. Enquanto isso, John Stones e Rodri serão os dois meio-campistas titulares. Stones se tornará lateral-direito em certos cenários, mas procurará principalmente fornecer o impulso para a frente no meio-campo.
A presença de Stones e Rodri no meio-campo permitirá que o quinteto de ataque se expresse no terço final. Erling Haaland será o atacante central, com o quarteto atrás dele sendo resposável pela criação. E enquanto De Bruyne e Ilkay Gundogan buscarão amplitude, Bernardo Silva e Grealish serão uma ameaça direta por dentro.
