Era início de jogo no Maracanã. Vasco x Botafogo. Estádio lotado. A falta era para o Vasco, no flanco esquerdo do campo. O ídolo Juninho Pernambucano tinha o nome gritado pela torcida. Ele cobrou, escorregou, se machucou. E continuou tendo seu nome gritado. A cena era dramática para quem acompanhava de perto. Aos 38 anos ele sentia, além da dor absurda de uma contusão no púbis, que não poderia mais ajudar o clube do coração a fugir de uma trágica segunda divisão. 

"Acho muito difícil que eu tenha condições de jogar ainda este ano. E mesmo que não dê pra jogar, não é a hora de tomar uma decisão (sobre a carreira). Só tomo uma decisão nas férias", garantiu o abatido Juninho, na tarde desta terça-feira, após realizar exames que vão dar a exata noção de quão grave é a contusão sofrida pelo meia na partida de domingo.

Ainda sem saber o resultado dos exames, Juninho quer, o mais rápido possível, começar o tratamento contra a lesão. Já nesta quarta ele começará a fisioterapia, enquanto seus companheiros estarão no Rio Grande do Sul, para o importante duelo contra o Tricolor Gaúcho. Tanto a luta de Juninho, quanto a do Vasco, são difíceis e delicadas. Mas um sabe que pode contar com o outro, mesmo que não nas quatro linhas. Já que Juninho é ídolo dentro, e fora de campo.