Tensão e pouco aproveitamento. Após a derrota histórica dentro de São Januário - 5 a 0 para o Avaí pela Série B do Campeonato Brasileiro -, a situação dos vascaínos nunca esteve tão complicada, tanto nos gramados quanto no meio político. Sem o treinador Adílson Batista, que deixou o clube horas depois da goleada, a equipe voltou a treinar neste domingo (31), sob o comando do auxiliar Jorge Luiz.
O interino orientará o grupo até a contratação de um novo técnico. No treino, que durou cerca de uma hora e meia, houve uma reunião para discutir a respeito da partida decisiva desta terça-feira (2), às 19h30, na Arena das Dunas, contra o ABC. Sabendo que o jogo de ida resultou em um empate por 1 a 1 em São Januário, a equipe precisa vencer ou empatar por dois gols de diferenças ou mais, para garantir a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.
Entre as novidades no treinamento, estão a presença do volante Pedro Ken e o possível retorno do lateral Diego Renan já para terça-feira; ambos em processo de recuperação devido a lesões. Montoya, Guiñazu e Marlon, suspensos na última partida, treinaram normalmente. Os jogadores que atuaram contra o Avaí, neste sábado, fizeram um trabalho regenerativo na academia.
Com a missão de passar confiança e motivação, o auxiliar Jorge Luiz comandou treino de cruzamentos: Jhon Cley e Diego Renan pela direita, enquanto Marlon e Henrique na esquerda. Pensando no jogo decisivo da Copa do Brasil, também foram realizadas intensas cobranças de pênaltis. Destaque para as participações de Rafael Vaz, Montoya e Edmílson, por apresentarem um ótimo rendimento.
Sobre o possível nome a liderar o Vasco, não há nada certo. Rodrigo Caetano, diretor de futebol, lamentou pela saída de Adílson Batista e pediu entendimento e apoio da torcida.
"Lamentavelmente, falo isso com toda a convicção que após o jogo, conversamos e uma decisão que pode ser de comum acordo, mas partiu muito por conta do Adilson, pensando no clube, pensando na instituição. Falo isso com muita tristeza. Parece que toda a responsabilidade em caso de sucesso recai em cima do técnico, e não é qualquer técnico. Eu peço para que esse ambiente externo, que faz hoje uma vítima, não faça outras. Eu quero que entendam que nós precisamos do apoio de todos. É com muito pesar que anuncio isso. Adilson honrou o clube. Isso nos faz repensar, inclusive nós profissionais. Nós compreendemos e aceitamos críticas na arquibancada. Sou contrário a esse tipo de mudança. Não tenho convicção de que é a melhor decisão", disse Caetano.
"Não pretendemos trabalhar em curto prazo. Não tem qualquer tipo de especulação. Foi uma decisão repentina. Podem pensar que é falta de planejamento, mas eu não trabalho desta forma. Não estávamos prevendo o pior. Confesso que eu não gostaria de estar aqui. A partir de agora vamos pensar nisso", concluiu, sem dar pistas.
O próximo treino será realizado na manhã desta segunda-feira (1), no estádio de São Januário. Será a última preparação antes da viagem para Natal.