Em mais um clássico na vida dos times, Figueirense Avaí se enfrentam em busca do G-4 da Série B. Os dois precisam da vitória para ficarem em melhor posição em relação à zona de classificação neste início do campeonato, mas os rivais precisarão quebrar uma sequência de empates para buscar este objetivo: os últimos cinco encontros terminaram empatados - em todos eles, o técnico do Leão era Claudinei Oliveira, agora no Sport. A partida no Orlando Scarpelli neste sábado (12), começa às 16h30.

O último clássico foi pelo Campeonato Catarinense, em 11 de março e terminou empatado por 1 a 1, no Scarpelli. Jorge Henrique marcou para o Figueira e Zé Antônio, contra, já nos acréscimos, fechou o placar. Segundo o departamento de pesquisas do Avaí, foram 441 clássicos na história, com 152 vitórias do Figueirense, 145 do Leão e 144 empates.

Milton Cruz espera tranquilidade para buscar vitória

Depois de uma grande arrancada na Série B, com três vitórias nas três primeiras rodadas, o Figueirense acabou derrotado pelo Brasil de Pelotas por 1 a 0, no última dia 1º, e deixou o G-4 da Segundona. Com nove pontos, o Figueira ocupa a sexta colocação, mas pode até fechar a rodada na liderança dependendo dos resultados.

Nos últimos dois encontros com o Avaí, pelo Catarinense, o Figueirense esteve a frente do placar quatro vezes, mas cedeu o empate em todas elas. Na Ressacada, abriu 1 a 0, 2 a 1 e 3 a 2, mas a partida terminou empatada: 3 a 3. No Scarpelli, abriu 1 a 0, jogou a maioria do tempo com um jogador a mais, porém novamente cedeu empate no fim.

O técnico Milton Cruz espera que o elenco tenha aprendido com os equívocos destas partidas e tenha calma e paciência para buscar uma vitória.

"Eu acho que a vontade de vencer é tão grande, que a ansiedade às vezes atrapalha um pouco. Esse time do Avaí sabe o que é clássico, a gente também está preparado para entender. São jogadores jovens no nosso time e agora o momento é de mostrar que estamos maduros para segurar o resultado se sairmos na frente", disse.

O único desfalque do Figueirense é o meio-campista Renan Mota, com uma lesão na panturrilha. Sem jogos nos últimos 11 dias, houve tempo para recuperar os jogadores contundidos e se preparar da melhor forma para o clássico deste sábado (12).

"Para nós foi importante, a gente vinha de uma sequência desgastante, jogadores em alto nível, precisávamos desse tempo para recuperar jogadores. Foi boa a parada, nosso time tem um jeito de jogar, uma maneira de jogar. Eu tenho um grupo. Quem entrar, sabe o que fazer, são jogadores com potencial grande. Sei da importância do clássico, vamos jogar, nosso time tem qualidade, enfrentar um adversário difícil, uma maneira diferente de jogar", analisou.

Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC
Milton Cruz acredita que time está menos pressionado para vencer clássico (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)

Geninho tem dúvidas e faz mistério na escalação

Na terceira partida do Avaí desde a troca de Claudinei Oliveira por Geninho no comando, o time pressionou, criou várias chances, mas não as converteu, e ficou no empate em 1 a 1 contra o São Bento, em casa. Com cinco pontos, o Leão ocupa o 13º lugar, cinco atrás do G-4 da Série B.

Geninho, que repetiu a escalação nos últimos dois jogos, desta vez será obrigado a fazer mudanças. O meio-campista Pedro Castro, com uma lesão na coxa, nem foi relacionado. Em sua vaga, Luan e Matheus Barbosa disputam uma vaga no time titular. Já Renato, com dores na lombar, é dúvida, e Getúlio é a opção caso não possa atuar. Os meias André Moritz e Marquinhos voltaram a ser relacionados após se recuperarem de contusão. 

Por conta das muitas dúvidas e também para aprimorar alguns aspectos, o Avaí fechou a maioria dos seus treinamentos em busca de privacidade na preparação para o clássico. "Se você puder trabalhar com mais tranquilidade, melhor. E é um clássico, envolve muita coisa, você faz um charminho. Ele fecha lá, eu fecho aqui, você tenta diminuir as informações para o adversário", explicou Geninho.

Depois de criar muitas chances, mas também desperdiçá-las na última rodada, Geninho trabalhou para uma melhora neste aspecto e espera que o time tenha mais tranquilidade na definição das jogadas.

"Com o nosso volume, você tem que ter aproveitamento melhor. Então algo tem errado, ou você cruza errado, ou não tem presença na área. E temos que corrigir, para que quando tivermos um volume desses, a gente faça gols. Temos que ter aproveitamento melhor, tivemos outros erros. No início de trabalho é importante poder mostrar essa dinâmica, corrigir, continuar o que está certo e depois levar a campo. A gente trabalha para corrigir. O grupo assimilou a conversa, o papo, para fazer aquilo que foi conversado", afirmou.

Geninho quer Avaí mais eficiente perto do gol (Foto: Divulgação/Avaí FC)
Geninho quer Avaí mais eficiente perto do gol (Foto: Divulgação/Avaí FC)