De acordo com uma avaliação feita por Maldonado, mudar para os motores Mercedes instantaneamente não solucionaria os problemas da Lotus na Fórmula 1, visto que a equipe de Enstone visa uma possível ruptura com os motores Renault.

A Lotus está em negociações avançadas para obter os motores Mercedes em 2015. A equipe tem usado os motores Renault, ou de divisões derivadas da marca francesa, desde 1995, que inclui todas as mudanças de acordo com os trabalhos da fornecedora de motores gaulesa.

Questionado nesta quinta-feira (3) em Silverstone se ele gostaria de mudar para Lotus Mercedes, Maldonado disse que não se deveria subestimar a Renault. “Se for apenas uma magia: colocar o (Mercedes) motor e ir vencer corridas, OK. Vamos para ela”, disse ele. “Mas não é tão simples. Você precisa tomar cuidado com o design do carro”, completou.

“Não é uma decisão fácil e a Renault sempre foi muito bem sucedida no passado. Esperemos que ela possa melhorar no próximo ano, ou a partir de agora para chegar mais perto, pelo menos até o nível dos motores Ferrari. Por trás do motor, há uma enorme quantidade de trabalho em termos de design para o carro, por isso não estou 100 por cento certo sobre esse movimento”, explicou.

O companheiro de equipe de Maldonado, Romain Grosjean, também não se comprometeu sobre as negociações com a Mercedes, lembrando que a atual vantagem de Rosberg e Hamilton não se deve apenas ao motor. “Para ser justo, todos nós gostaríamos de estar na Mercedes porque parece um carro muito bom para se digirir”, afirmou o franco-suíço.

Grosjean também acredita que a Renault não é totalmente responsável pelo começo medíocre da Lotus no ano. “Eu acho que o carro não é tão bom quanto o do ano passado. Isso não é uma mentira. É claro que estamos lutando com a falta de potência do motor, tudo que se pode explicar um pouco de perda de desempenho. Mas Red Bull e Toro Rosso têm a mesma unidade de potência e precisamos vencê-los”, declarou o piloto.

“Eu acho que o carro não é tão ruim como o do ano passado, mas não tão ruim como se parece. Quando todo o box estava irritado, nós terminamos na quinta posição em Barcelona e isso não veio do nada”, concluiu.

Apesar de não conseguirem seguir o ritmo dos carros com motores Mercedes, ambos os pilotos da Lotus dizem que os problemas da Renault têm sido frustrantes: “É difícil, muito difícil. Quando você tem uma grande transição como essa em termos de tecnologia, você sempre tem alguns problemas, mas não esperávamos que seriam tantos”, finalizou.