Eleito recentemente presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino afirmou nesta terça-feira que a Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar, vai acontecer mesmo nos meses de novembro e dezembro. A mudança de data, que foi necessária devido ao forte calor que faz no país do Golfo Pérsico nos meses de junho e julho, acarretará em muitas mudanças no calendário do futebol mundial, principalmente nas competições europeias.
"A Copa do Mundo de 2022 será disputada em novembro e dezembro. Será bom para a Liga dos Campeões e a Liga Europa? Historicamente, sempre jogamos nas mesmas datas, mas o mundo não irá abaixo se uma vez na história foi alterada a data do Mundial. O resto deverá aguentar como puder. Deverão adaptar seus calendários à Copa do Mundo. Repito, a decisão está tomada", disse o dirigente da principal entidade do futebol mundial em entrevista coletiva nesta terça-feira.
Infantino participou nesta terça-feira da inspeção realizada do Estádio Luzhniki, estádio de Moscou que vai abrigar a final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O ex-presidente da Uefa comentou sobre algumas mudanças no futebol, entre elas a utilização do árbitro assistente com vídeo, que já acontece com êxito em outros esportes, como o rúgbi, por exemplo. O dirigente disse ser favorável à utilização do recurso eletrônico e espera que o Mundial da Rússia seja o primeiro com a tecnologia.
"Um dos aspectos essenciais durante meus primeiros 50 dias foram as decisões da IFAB (International Football Board Association). Agora faremos ensaios com árbitros assistentes com vídeo para contribuir a fazer a melhor arbitragem e o jogo. É um mensagem poderoso para o futebol. Algo que todos estavam esperando e que agora vamos pôr à prova. Espero, realmente, que em 2018 na Rússia seja a primeira Copa do Mundo da Fifa onde os árbitros contem com a ajuda da tecnologia de vídeo", acrescentou.
A visita a Rússia é a primeira oficial de Infantino desde que assumiu o controle da entidade. Depois, ele viajará até o Catar para saber como estão os preparativos oficiais para o Mundial que vai acontecer daqui a seis anos, o primeiro da história no Oriente Médio. Ainda sobre o andamento das obras no país europeu, o presidente da Fifa fez a politicagem corriqueira e afirmou que 2018 será o melhor mundial da história. Mesmo assim, alertou para os prazos.
"Todo mundo na Rússia está consciente de que ainda falta muito para ser feito em matéria de construção dos estádios, de alojamento e de infraestrutura. Não podemos perder nenhum dia, mas insisto, por tudo o que eu vivenciei, estou convencido de que será um grande êxito. Posso apreciar que algumas coisas estão adiantadas e que toda a gente do futebol está muito comprometida", completou o suíço.