Na tarde deste sábado (9), Holanda e Suécia estrearam pela Eurocopa Feminina deste ano, em uma partida onde mais de 21 mil pessoas prestigiaram o encontro de duas campeãs. Holanda, atual campeã, saiu atrás numa ótimo jogada de Asllani, que deu assistência para Andersson abrir o placar à Suécia, na primeira etapa. O gol de empate surgiu no segundo tempo, numa bola que chegou para Roord de costas, virar e bater cruzado, já na segunda etapa. O jogo ainda contou com duas substituições precoces por parte das atuais campeãs, com lesão da goleira Veenendaal e Nouwen, antes da metade da primeiro etapa, mas as substitutas entraram muito bem.
Equilíbrio e respeito
O início da partida se fez bastante equilibrado, com a atual campeã tendo de se portar mais defensivamente do que a adversária, justamente pela pressão que impunha a seleção sueca. Apesar da pouca diferença nos primeiros minutos, de presença no ataque e posse de bola, a balança pesava mais a favor da Suécia, que incomodava e chegava mais, ora pela ponta esquerda e ora pela direita. Não contente com o ritmo da partida, a Holanda buscou acelerar as transições, chamando Martens pela ponta, na intenção de abrir espaço para tabela e chegar com condições para finalizar da entrada da área, mas a defesa estava ligada e frustrou as tentativas holandesas.
A situação para o lado das holandesas não era das melhores, que precisou substituir sua goleira aos 20 da primeira etapa por lesão, queimando precocemente sua primeira alteração. Pouco mais adiante, a Suécia passou a crescer mais na partida, e com Asllani chegando com perigo, quase abrindo o placar para a Suécia. Aproveitando a goleira fria por ter entrado há pouco, Rolfö recebeu no meio campo depois de belo desarme, viu a goleira holandesa adiantada e arriscou do meio da rua, mas a bola pegou muito força e passou por cima do gol.
Até a metade da primeira etapa, o jogo se fazia bem morno, com as equipes extremamente preocupadas em não deixar a outra prosseguir para o ataque, e ficando pouco menos ofensivas. Porém, quando com a bola, as melhores jogadas pela Suécia aconteciam pela ponta direita, enquanto as rivais tentavam mais pelo centro e caindo para a ponta direita. Foi na marca dos 35 minutos que, pela ponta direita, Asllani recebeu em profundidade, driblou lindamente a defensora holandesa, cruzou rasteiro para segunda trave e Andersson, com tempo de dominar e escolher o canto, bateu na saída da goleira, fazendo o primeiro da Suécia.
Em novo lance de ataque sueco, mais uma preocupação assombrou a seleção holandesa. Nouwen, se lesionou no mergulho de Hurtig que tentava o gol, e infelizmente, caiu sobre o tornozelo da holandesa, que saiu chorando de dores e precisou ser substituída. Na sequência, ótima chegada da Holanda pela ponta direita, com cruzamento a meia altura e a companheira, dentro da área, bateu de primeira, mas pegou mal e mandou na lua. Desde o primeiro gol, a partida passou a se desenhar mais ofensiva, mas continuava pesando favoravelmente à Suécia.
Nos minutos finais, com uma pegada mais firme, mais faltas apareceram, mas sem tantas oportunidades de fato paramos dois lados. A insistência e persistência para subir ao ataque continuavam, mas o nervosismo parecia falar mais alto, com alguns erros bobos pela pressão adversária. Com uma chance para cada lado nos acréscimos e sem mais gols, a árbitra apitou o fim da primeira etapa.
Pressão, equilíbrio e efetividade
A segunda etapa voltou bastante elétrica, com a pressão sueca sendo bem sufocante pelo mesmo lado frágil adversário, a ponta direita. Com menos de dez minutos, a Suécia teve duas chances incríveis de ampliar o marcador, mas acabou desperdiçando no último toque. No entanto, o futebol tem aquela mística, de quem não faz leva e é quase infalível. Chegando nos 10, da etapa final, em ótima jogada de velocidade, a bola chegou até Roord, que recebeu de costas para o gol e fez um belíssimo giro, mandando cruzado e empatando o jogo. Com o empate, o equilíbrio da partida foi reconquistado pelas holandesas, que conseguiram permanecer mais tempo com o bola, e consequentemente, chegar com mais perigo ao ataque.
Com a partida batendo os 30 da etapa final, o jogo que parecia estar entrando nas rédeas suecas novamente, Miedema recebeu em profundidade, que levantou a cabeça e encontrou Roord dentro da área, mas na hora da finalização, já desequilibrada, a marcação chegou para fazer o corte. Semelhante ao que aconteceu no primeiro tempo, a Holanda quase encontrou o gol num momento em que a Suécia mais pressionava. Depois das modificações dos dois lados, colocando sangue novo e modificando pouco o meio-campo para dar mais ritmo, a partida passou a voltar no estilo ofensivo dos dois lados. Apesar de não chegarem a fazer as goleiras trabalharem, as linhas defensivas das duas equipes não tiveram trégua, sempre trabalhando.
A emoção se alastrou até últimos segundos de jogo, com os ataques levando enorme perigo para as defesas adversárias. Primeiro com a Suécia, numa ótima tabela feita na entrada da área e uma bomba pela atacante, para uma excelente defesa da jovem goleira Daphne Van Domselaar. Na sequência, foi a vez da Holanda chegar com perigo, mas também ficou só no quase. Com o tempo de acréscimo excedido, a arbitra apitou o fim da partida e a estreia de duas campeãs terminou empatadas em 1 a 1.
Situação e próximos confrontos
Mais cedo, Portugal e Suíça empataram em 2 a 2, levando as duas seleções conquistarem apenas um ponto. Com o novo empate no grupo, entre Holanda e Suécia, o grupo ficou embolado, com todos participantes tendo um ponto. Pelo critério de gols feitos, Portugal e Suíça ocupam os primeiros lugares, e Holanda e Suécia, ocupam os dois últimos.
A Holanda volta aos gramados na quarta-feira (13), contra a seleção de Portugal, no Leigh Sports Village, às 16h. A Suécia também volta na quarta-feira (13), contra a seleção da Suíça, no Bramall Lane, às 13h.