Na terça-feira (16), inicia-se a fase de grupos da Copa Libertadores da América. Após bons jogos e algumas surpresas na fase preliminar, conhecida como pré-Libertadores, a principal competição de clubes da América do Sul conta com grupos fortes na atual edição, como o grupo 2, composto por Palmeiras, Rosário Central-ARG, Nacional-URU e River Plate-URU, e o 6, no qual Grêmio, LDU, do Equador, San Lorenzo, da Argentina e Toluca, do México disputam duas vagas do famoso grupo da morte.
Embora não seja, pelo menos na teoria, tão equilibrado quanto os de Palmeiras e Grêmio, o grupo 1 pode render bons jogos. Formado pelo River Plate-ARG, atual campeão do torneio, São Paulo, The Strongest-BOL e Trujillanos-VEN, a promessa é de grandes jogos e, como pode acontecer sempre no futebol, algumas surpresas.
Veja o que esperar de cada um destes quatro times na competição:
River Plate
A equipe argentina é nada mais nada menos que o atual campeão da Copa Libertadores e entra como um dos favoritos ao título. No ano passado, após se classificar como o time com a pior campanha, os comandados de Marcelo Gallardo cresceram durante a competição e conseguiram bater o Boca Juniros-ARG, que foi desclassificado após um torcedor jogar gás de pimenta no túnel dos jogadores do River, Cruzeiro, Guaraní-PAR e, na final, o Tigres-MEX.
Os Millonarios, como são conhecidos, já disputaram a Libertadores 31 vezes, tendo conquistado o título em três oportunidades. Além de ter sido campeão em 2015, o time já havia vencido a competição em 1986 e 1996, esta última quando o atual técnico fazia parte do elenco.
Para chegar ao seu quarto títula na competição, os argentinos contam com um velho conhecido: Andres D'Alessandro. O ídolo do Internacional, que foi revelado pelo River Plate, voltou ao clube após 13 anos e é uma das principais apostas dos Millonarios.
São Paulo
Não foi fácil, mas o Tricolor conseguiu chegar à fase de grupos da Libertadores. Após um empate por 1 a 1 e uma vitória magra por 1 a 0 diante do César Vallejo, o time brasileiro chega como grande candidato, junto ao River Plate, para avançar ao mata-mata do torneio.
Com 17 participações, o clube do Morumbi já conquistou o torneio três vezes (1992-1993-2005), e agora tenta superar a ausência de Rogério Ceni e voltar a figurar entre os grandes times sul-americanos. Para isso, o Tricolor conta com um esquadrão de gringos. Além de Centurión e Wilder, que já estavam no elenco no ano passado, o São Paulo ainda trouxe Mena, Calleri e Lugano, que serão comandados pelo técnico argentino Edgardo Bauza.
A principal esperança tricolor para conquistar seu quarto título é Paulo Henrique Ganso. O meia, que surgiu como craque junto com Neymar no Santos, acabou não correspondendo às expectativas, mas, mesmo assim, é um jogador diferenciado e que pode decidir alguns jogos a favor do São Paulo.
The Strongest
A equipe boliviana vai para sua quinta participação seguida na Libertadores. Experiente no torneio, tendo disputado 22 vezes, o clube tenta surpreender e roubar a vaga de River Plate ou São Paulo, que são os favoritos do grupo.
A principal arma do técnico Néstor Craviotto para conseguir uma das vagas no mata-mata é a cidade de La Paz. A equipe sabe aproveitar muito bem os efeitos da altitude e costumam vencer grande parte dos seus jogos em casa. Prova disso é que o time venceu 46 vezes na história da competição, e apenas quatro fora de casa.
Aos 37 anos, Pablo Escobar segue sendo o principal destaque da equipe boliviana. O meio-campista tem um bom chute de perna esquerda e constantemente arrisca para o gol de longa distância, sendo ajudado muitas vezes pelos efeitos da altitude.
Trujillanos
O time venezuelano é o azarão do grupo 1. Longe de ter os títulos de São Paulo e River Plate ou até mesmo o reconhecimento do The Strongest, após as seguidas participações na Libertadores, uma possível classificação da equipe seria uma das grandes zebras da história do torneio.
O Trujillanos não tem tradição na competição sul-americana. A equipe participou da competição apenas duas vezes, em 1995 e 2002, e não teve grande destaque. Em seu país, o clube também não é dos mais tradicionais. Em toda sua história, conquistou apenas a Copa da Venezuela duas vezes.
Horacio Matuszycsk, técnico argentino do Trujillanos, deposita suas fichas em Sergio Álvarez. O camisa 9 é um dos artilheiros da equipe e uma das principais esperanças de gol dos venezuelanos, ao lado do também atacante Alfredo Padilla.