No Levi's Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, Argentina e Chile marcaram encontro entre as seleções finalistas da edição anterior da Copa América. Após primeiro tempo zerado, os argentinos liquidaram na etapa final. Di María e Banega fizeram um gol e uma assistência cada para abrir a vantagem. No último lance, Fuenzalida descontou de cabeça: 2 a 1 para Argentina, para esquecer a derrota em 2015.

Na segunda rodada do Grupo D, o Chile enfrenta a Bolívia na sexta-feira (10), às 20h00, no estádio Foxborough. Já a Argentina terá pela frente o Panamá, às 22h30, no estádio Soldier Field.

Boas movimentações ofensivas, mas nada de gol na etapa inicial

Logo a 1 minuto e 40 segundos, a primeira chance de gol argentina no jogo: Ángel Di María cruzou da esquerda, Gaitán se antecipou para cabecear e a bola ainda beijou o travessão antes de sair pela linha de fundo. O jogo começou aberto e com alternativas. Após desperdício de troca de passes em velocidade do Chile, Di María novamente tentou erguer na área, mas colocou forte demais.

Candidato ao jogador da etapa inicial, Di María arriscou cruzado a 7 minutos e a bola passou à direita da meta de Claudio Bravo. As chances chilenas partiam de lançamentos de trás e pela movimentação intensa de Eduardo Vargas, que não obteve sucesso nos domínios iniciais.

Arturo Vidal se lançou à área aos 16', se enroscou na defesa, entre Mascherano e Mercado, caiu, pediu o pênalti, mas houve nada. Descontrolado, em outro lance, Vidal acertou fortemente a Gaitán, recebendo o primeiro cartão amarelo do jogo.

Di María fez fila na esquerda da área a 19 minutos, também gerou reclamações de pênalti, mas foi marcado somente o escanteio. O lateral Rojo perdeu boa oportunidade no cabeceio de corner aos 22': a bola passou à direita da meta.

O Chile teve a melhor chance aos 29 minutos. Erro na saída de bola argentina, Vidal, esperto no campo de ataque, serviu Sanchez, este finalizou cara a cara com Romero, mas o goleiro esticou o braço e espalmou para escanteio.

Aos 33, novamente Sanchez. Ele cobrou falta e Romero, atento, defendeu sem deixar rebote. A chance argentina desperdiçada foi aos 41 minutos, quando uma sucessão de cruzamentos terminou em finalização do defensor Mercado, por cima. O primeiro tempo se encerrou em jogo movimentado, com boas investidas dos dois lados, mas o placar ainda no zero em Santa Clara.

Dois aspectos chamaram atenção no primeiro tempo. Arturo Vidal, desconcentrado, errou passes e tomou cartão amarelo por falta forte, mas, ao mesmo tempo, teve participação em bons ataques chilenos, acionando jogo. Do lado argentino, Di María se candidatou ao protagonismo em subidas iniciais pela esquerda, migrando ao lado direito no fim da etapa.

Banega e Di María definem vitória da Argentina

Díaz teve a chance de abrir o placar no primeiro minuto. O chute desviado do chileno foi à direita. O Chile igualou o número de finalizações do primeiro tempo em apenas dois minutos. Sanchez cortou para o meio e chutou para firme defesa de Romero.

O gol da Argentina surgiu quando o Chile criava asas. Charles Aránguiz errou no meio, adiantou a bola e houve a roubada de Banega. O argentino avançou e colocou com açúcar para Di María. O jogador do PSG não teve medo de chutar e, de canhota, fuzilou o goleiro Bravo: 1 a 0.

Pizzi precisou mexer na sequência para o Chile. Mena, lateral do São Paulo, sentiu. Orellana entrou no jogo aos 8 minutos. Aos 11', o recém ingressado na direita teve a chance. Em cruzamento de Beausejour, pegou de primeira e Romero defendeu.

A Argentina foi impiedosa aos 13 minutos. Ataque invertido com Di María puxando pelo meio e servindo o passe para entrada triunfal de Banega na esquerda. O camisa 19 chutou de posição semelhante à abertura do placar e colocou o segundo em tacada rasteira: 2 a 0. Bravo tomou os dois gols no mesmo canto.

O Chile pouco esboçou de reação e quase sofreu o terceiro. Higuaín recebeu uma boa na direita da área, chegou batendo e Bravo defendeu o tiro cruzado com o pé, aos 21 minutos. Os chilenos voltaram a mudar com Pinilla no lugar do sumido Vargas.

Martino mudou a frente argentina com Aguero no lugar de Higuaín. Sem a bola chegar em Pinilla, Aguero se prontificou no ataque argentino. Ajeitou para esquerda e finalizou por cima aos 31 minutos.

Em cruzamento da direita, Rojo chegou com liberdade para cabecear, mas mandou para fora. Aos 42 minutos, o insistente Vidal cruzou e Romero, de soco, impediu cabeçada de Pinilla na pequena área.

Para liquidar o placar, Lamela finalizou da zona mortal da partida, mas dessa vez Bravo fez grande defesa no amaldiçoado canto. Na última bola do jogo, em cobrança de falta, Fuenzalida, que entrou no segundo tempo, completou de cabeça em saída errada do goleiro Romero. O gol chileno de nada serviu e o jogo ficou em 2 a 1 para Argentina.