Conhecido como o Clássico das Emoções, o duelo entre Santa Cruz e Náutico terá mais um capítulo importante neste sábado (17), no Estádio José do Rego Maciel, pela 30ª rodada em jogo que pode valer uma vaga no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Será a 507ª edição do confronto entre tricolores e alvirrubros na história do dérbi recifense.

A Cobra Coral, que vem de derrota para o CRB no jogo anterior, aparece como o primeiro time do grupo dos melhores colocados, com 48 pontos ganhos. Já o Timbu está motivado após vitória diante do Mogi Mirim e aparece na 7ª colocação com dois pontos a menos. Números que tornam o clássico ainda mais importante.

No primeiro turno, na Arena Pernambuco, os rivais travaram um embate bastante equilibrado pela 12ª rodada. Os donos da casa abriram o placar com Guilherme cobrando falta, mas cederam o empate quando Anderson Aquino marcou para os visitantes. Com um a menos dentro das quatro linhas, a vitória alvirrubra só veio graças a um gol de Gil Mineiro.

Santa Cruz busca vitória e manutenção do G-4

Sem perder tempo após o revés ante o CRB, os tricolores entram para o clássico para assegurar uma vaga no grupo dos quatro melhores e manter ainda mais aceso o sonho do acesso à primeira divisão nacional. Uma vitória em clássico seria de suma importância para aumentar o ânimo da equipe para o decorrer da competição.

O time treinado por Marcelo Martelotte aposta suas fichas na torcida, que tradicionalmente apoia a equipe em momentos decisivos. O atacante Bruno Moraes, provável titular no setor ofensivo diante do Timbu, ressalta que o ânimo dos jogadores com um estádio cheio é ainda maior.

“A torcida é fundamental, é algo muito positivo. E, com o Arruda lotado, o diferencial será maior. Todos os jogos aqui nós imprimimos um ritmo muito forte.  Cabe a nós comprovar isso no próximo sábado”, enfatiza o atleta tricolor.

O grande mistério fica por conta de Grafite. Após ser liberado pelo STJD, o atacante passou por exames médicos para saber se estará apto para enfrentar o Náutico. O jogador, que não treinava há nove dias com o restante do elenco, participou dos trabalhos na véspera do jogo, mas o técnico Marcelo Martelotte não confirmou a escalação do jogador e manteve mistério.

“A escalação será definida apenas uma hora antes do jogo. Não tivemos a possibilidade de utilizar Grafite ao longo da semana. Trabalhamos com a chance de jogar sem ele, mas imaginando que, se ele se recuperar, poderá jogar. Ele vem com ritmo de jogo. Preparamos o time sem ele, mas sempre pensando na chance de utilizá-lo”, detalha o comandante coral.

Náutico visa os três pontos para seguir sonhando com o acesso com novidades

Depois de largar bem na Série B, o time alvirrubro caiu de rendimento e ficou longe do grupo dos quatro melhores colocados. Com a saída de Lisca e a chegada de Gilmar Dall Pozzo, o Timbu passou por mudanças. Mas o objetivo ainda continua o mesmo: uma vaga na primeira divisão no ano que vem.

O atual comandante teve dificuldades para montar a equipe que enfrenta o Santa Cruz e só definirá os 11 titulares minutos antes de a bola rolar no Arruda. Mesmo assim, Dal Pozzo deixou escapar que o atacante Jefferson Nem e o volante Niel vão mesmo para o jogo - o segundo improvisado na lateral-direita.

“Jefferson Nem está treinando bem e pedindo passagem. Fazendo por merecer. Niel falou que já comecei a preparar ele como lateral direito. Por isso que Niel vai para o jogo. Não pense que era só por causa da marcação que estou colocando ele. Niel tem uma condição física muito boa e me dá uma condição de marcador e também tem imposição na bola parada. Do meio para a frente sabe jogar”, avisa o técnico alvirrubro.

Niel, de 21 anos, e Jefferson Nem, de apenas 19, são dois jogadores que atuaram pouco nesta temporada. A última vez que estiveram em campo foi na vitória de 2 a 0 contra o Jacuipense, pela Copa do Brasil. Enquanto o primeiro jogou apenas quatro vezes, o segundo entrou em campo só 10 vezes em 2015. Será a primeira vez que ambos serão titulares nesta Série B.

Já o volante Fillipe Souto se espelha na vitória sobre o Paysandu, fora de casa, quando o esperado era que o Papão conquistasse os três pontos. O atleta  também demonstra respeito quanto ao tradicional adversário, mas acredita na possibilidade de triunfo alvirrubro. 

"Diziam que a gente ganharia fácil do Mogi Mirim fora e perderíamos para o Paysandu, também fora. Mas foi o contrário: perdemos para o Mogi e vencemos o Paysandu. Sabemos que o adversário tem qualidade, é um rival, é um confronto direto. Vencer o Santa é importante para a nossa ideia”, lembra o volante Fillipe Souto.