Depois de um ano onde Santa Catarina teve pela primeira vez quatro times na elite do futebol brasileiro, o Campeonato Catarinense 2016 tem dois favoritos mais destacados. O Figueirense defende seu bicampeonato, enquanto a Chapecoense aposta na base de 2015. Já os outros grandes do estado, Avaí, Criciúma e Joinville, equipes da Série B, tentam se reconstruir para ameaçar o título dos rivais da elite.

Desta vez, serão dois turnos, com nove partidas cada, e os melhores de cada fase garantem vaga na final, que será em dois jogos

Diferente dos anos anteriores, o Catarinense 2016 não terá Hexagonal e Quadrangular para decidir rebaixados e classificados à final. Desta vez, serão dois turnos, com nove partidas cada, e os melhores de cada fase garantem vaga na final, que será em jogos de ida e volta, com a equipe de melhor campanha decidindo em casa. Os três melhores times da competição garantem vaga à Copa do Brasil 2017 e o melhor clube entre Metropolitano, Brusque, Camboriú e Guarani de Palhoça jogará a Série D 2016.

A edição passada teve polêmica na decisão do campeão. Com as mesma equipes da final de 2014, os dois jogos entre Figueirense e Joinville terminaram em 0 a 0 e, por ter melhor campanha, o JEC deveria ficar com o título. Mas, a escalação de um jogador irregular no Hexagonal Semifinal, o time do Norte acabou perdendo quatro pontos, e a vantagem de dois empates foi transferida para o Figueira, que se sagrou campeão pela 17ª vez, isolando-se como o time com mais títulos no estado.

Figueirense e JEC decidiram os dois últimos catarinenses, e o Figueira venceu ambos: na última, polêmica (Foto: Divulgação/Figueirense)
Figueirense e JEC decidiram os dois últimos catarinenses, e o Figueira venceu ambos: na última, polêmica (Foto: Luiz Henrique/Figueirense)

As equipes da Série A são as favoritas a conquista, principalmente por terem mantido seus elencos-base

As equipes da Série A são as favoritas a conquista, principalmente por terem mantido seus elencos-base. As principais perdas para o Figueirense foram o zagueiro Thiago Heleno, o volante Fabinho e o goleiro Alex Muralha. Por outro lado, o time repatriou o meia atacante Everton Santos, que conseguiu o acesso à Série A em 2013 e também manteve, pelo menos até agora, o atacante Clayton destaque do time no último ano.

Na Chapecoense, alguns destaques foram embora, como o lateral Apodi, o volante Bruno, o meia Camilo e o atacante Túlio de Melo, mas na maioria das posições, o time conseguiu manter boa parte do elenco e também o seu técnico Guto Ferreira, que era cobiçado por outras equipes. As principais contratações da Chape foram o atacante Kempes, o zagueiro Marcelo, ex-Flamengo, e o volante Josimar.

Destaque da Chape em 2014, Apodi chegou a renovar contrato, mas vai jogar na Rússia (Foto: Divulgação/Chapecoense)
Destaque da Chape em 2014, Apodi chegou a renovar contrato, mas vai jogar na Rússia (Foto: Divulgação/Chapecoense)

Rebaixados da Série A em 2015, Joinville e Avaí vivem momentos de certa formas parecidos. O JEC manteve seu técnico PC Gusmão e o Leão da Ilha efetivou Raul Cabral e, em ambas as equipes, grande parte do elenco foi embora. A maior diferença, é que o time de Florianópolis encontra uma grande dificuldade financeira para buscar contratações,

Já o Criciúma, que fez uma campanha decepcionante na Série B 2015, terminando em 12º lugar, o time manteve o técnico Roberto Cavalo e apostará novamente na mescla de jovens da base com jogadores mais experientes para voltar a conquistar bons resultados.

Destaques do Catarinense passado, Metropolitano, que agora tem o atacante Rafinha, ex-Flamengo, e Inter de Lages são os times com mais recursos entre os pequenos, e não devem ter dificuldades para manter-se na elite e sonham com mais uma campanha surpreendente em 2016.

Rafinha, ex-Flamengo, é o destaque do Metrô (Foto: Divulgação/Metropolitano)
Rafinha, ex-Flamengo, é o destaque do Metrô (Foto: Divulgação/Metropolitano)

Na luta contra o rebaixamento, é natural que os dois times que vieram da Segunda Divisão, Brusque e Camboriú, campeão e vice respectivamente, lutam para se manter. O Bruscão passou apenas um ano na Série B, enquanto o Cambura demorou dois.

O outro time na disputa do Catarinense é o Guarani de Palhoça. O time foi rebaixado em 2015, mas pela desistência do Atlético de Ibirama em dezembro herdou a vaga para a disputa em 2016. O time teve menos tempo para se planejar, mas contratou o experiente técnico Sergio Ramírez para buscar a permanência em 2016.

Atual bicampeão, o Figueirense busca seu 18º título tentando ampliar sua vantagem para o Avaí, que tem 16. O Joinville é o terceiro maior campeão da competição, com 12 conquistas, mas não ergue a taça desde 2001. O Criciúma foi campeão em 10 oportunidades e a Chapecoense, em cinco. Inter de Lages e Brusque, atual campeão da Segundona, tem um título cada na elite do Estadual. Guarani de Palhoça, Metropolitano e Camboriú ainda não conquistaram o Campeonato Catarinense em suas histórias.