Análise: Vasco evolui de um tempo para o outro, mas peca defensivamente 

Gigante da Colina conseguiu vencer o Avaí pela Copa do Brasil, mas por apenas um gol de diferença

Análise: Vasco evolui de um tempo para o outro, mas peca defensivamente 
(Foto: Rafael Ribeiro/Vasco da Gama)
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Por Yann Rodrigues

De virada, o Vasco venceu o Avaí em São Januário na noite da última quinta-feira (14) pelo placar de 3 a 2. Apesar da vantagem adquirida na terceira fase da Copa do Brasil, o torcedor saiu insatisfeito da Colina com os dois gols sofridos pelo time de Alberto Valentim. 

No primeiro tento marcado pelos visitantes, uma falha geral da defesa. Iury levantou na área e Getúlio se infiltrou nas costas de Leandro Castan e na frente de Danilo Barcelos, que não conseguiram fazer a linha de marcação corretamente. Fernando Miguel saiu do gol, mas buscando encaixar a bola e não afastá-la. O atacante se antecipou, cabeceou na trave e no rebote Pedro Castro completou para o gol. Detalhe para outro erro de marcação, já que a frente da área vascaína estava totalmente desprotegida e com isso o meia avaiano conseguiu dominar e finalizar. 

Após o gol sofrido a equipe cruzmaltina se impôs, mas sem tanta criatividade. O jogo se resumia em bolas longas ou cruzamentos na área. O mais perto do gol que chegou assim foi com Yago Pikachu. Maxi López protegeu, Thiago Galhardo rolou e o camisa 22 deu um tapa que parou no travessão. 

O empate veio através da bola parada de Danilo Barcelos, com muita sorte. O lateral encheu o pé e ainda contou com um desvio no meio do caminho para matar o goleiro Gedson, conseguindo assim empatar a partida na Colina. 

No intervalo Alberto Valentim ousou. O treinador tirou o volante Raul e lançou Bruno César, além de trocar Marrony por Rossi. Deu certo. O time ganhou amplitude, velocidade e criação, coisas que faltaram na etapa inicial. Com isso, a virada saiu. 

Com muita paciência o Alvinegro trocou passes, rodou a bola, até ela cair no pé de Danilo Barcelos. Com muita qualidade, o camisa 14 cruzou para Rossi, que conseguiu se antecipar ao defensor e cabecear no canto de Gedson, virando o jogo para os donos da casa. 

Apesar da melhora de qualidade no volume de jogo, as melhores chances do Vasco saíram em bolas paradas, tal como terceiro gol. Bruno César cruzou, Thiago Galhardo cabeceou na trave e no rebote o próprio camisa 8 conseguiu desviar para o fundo das redes. 

Com a vantagem adquirida e o pedido de substituição feito por Galhardo, Valentim decidiu recompor o meio com o volante Andrey, dando assim mais proteção e não perdendo a qualidade na saída de bola e nos passes, já que o camisa 15 tem bom domínio dos quesitos. 

Já na parte final do duelo, outro erro defensivo comprometeu e reduziu a vantagem vascaína. André Moritz recebeu na entrada da área e, com pouco espaço, achou João Paulo livre pela esquerda. O atacante, ligeiro, dominou, ergueu a cabeça e rolou para o próprio Moritz chegar batendo de primeira e diminuir o placar. 

A falha de marcação no segundo gol do Avaí acontece quando Moritz faz a inversão e consegue se infiltrar sem ser acompanhado pela marcação, e também quando João Paulo recebe com liberdade para dominar, pensar e executar a assistência sem ser incomodado pelo sistema defensivo.