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Faltou físico e pontaria dentro do bom esquema tático do Fortaleza na Sul-Americana

Time de Rogério Ceni se apresentou como um veterano em competições continentais, mas o preparo físico aliado aos erros de finalizações foram os grandes pecados para o resultado ser de revés na estreia contra o Independiente

Faltou físico e pontaria dentro do bom esquema tático do Fortaleza na Sul-Americana
Foto: Reprodução/CONMEBOL
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Por Leonardo José

A estreia do Fortaleza na Sul-Americana foi um tão melancólica na noite de quinta-feira (13). Na derrota por 1 a 0 ficou nítida a falta de pontaria por parte dos nordestinos ao desperdiçar incríveis seis chances claras de gol. Por outro lado, o Independiente de Avellaneda aproveitou uma de suas três boas oportunidades e marcou com Leandro Fernandez. Mas o enredo, mesmo coberto por um revés, teve boas práticas do time treinado por Rogério Ceni.

Cerca de quatro mil torcedores e torcedoras do Leão do Pici estavam presente no estádio vermelho do Rey de Copas. De Bueno Aires para Fortaleza, são, aproximadamente, cinco mil quilômetros de distância. No entanto, não foi suficiente para barrar os fortalezenses de acompanhar o bom primeiro tempo do Tricolor.

Torcida tricolor na parte superior do estádio argentino (Foto: Reprodução/Conmebol)

Apesar da falta de experiência do zagueiro Quintero um pouco antes da ida para o intervalo, revidando um tapa num jogador argentino, o Fortaleza não sentiu a pressão de estrear numa competição internacional. Durante os 45 primeiros minutos, jogou melhor que o Independiente. Merecia até estar à frente do placar levando em conta as duas ótimas chances claras desperdiçadas.

Foto: Reprodução/Conmebol

Rogério Ceni fez seus jogadores se posicionarem muito bem em campo: a linha de defesa ficou bem postada,  ligações diretas bem feitas da defesa prontamente ao ataque e contragolpes puxados em velocidade. A cereja do bolo do FEC foi o atacante Osvaldo, que criou quatro boas jogadas ofensivas, mas perdeu a melhor chance até ali.

Após o intervalo, no segundo tempo, o time da casa voltou mais atento e menos espaçado. Com isso, o Leão até ficou um pouco acanhado. "Quem não faz, toma". O famoso ditado futebolístico não podia ser mais verídico. Logo aos cinco minutos, o Independiente abriu o placar com Leandro Fernández. O atacante aproveitou a troca de passes do Rey de Copas e bateu com força, sem chances para Felipe Alves.

Foto: Reprodução/Conmebol

Mas o grande pecado mesmo foi a preparação física. A partir do minuto 20, ficou nítido o desgaste dos atletas brasileiros. Osvaldo já não tinha as boas tomadas de decisões do primeiro tempo. Romarinho não tão bem posicionado como antes — esse, inclusive, perdeu um "gol feito". Assim, numa soma geral de todos os fatores, a estreia tricolor numa competição internacional foi para lá de boa, deixando tudo aberto para o confronto de volta.

"Você olha para o estádio e vê a história desse clube (Independiente), a camisa pesada. Mas quando chegarem lá (em Fortaleza), eles verão 50 mil pessoas. Tradição e história não entram em campo. O que pensamos hoje como plano de jogo, foi feito", disse Rogério Ceni sem se intimidar com a tradição do time de Avellaneda.

Para o dia 27 de fevereiro está marcado o confronto de volta, na Arena Castelão. O Fortaleza se classifica com vitória por dois gols de diferença. 1 a 0 para o Leão do Pici leva a decisão da vaga aos pênaltis. Empate ou vitória tricolor por 2 a 1, 3 a 2, 4 a 3, passa o Independiente avança. Qualquer triunfo por dois gols ou mais, o time de Rogério Ceni também segue na Copa. Agora, resta aguardar o desfecho dessa história.