0-1, min. 23, Gustavo Mantuan. 1-1, min. 72, Lucas Ribamar. 2-2, min. 90, Everaldo.
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Vasco domina, mas ausência na objetividade determina vitória do Corinthians 

A pontaria do alvinegro estava em dia, ao contrário do cruzmaltino que teve mais posse de bola, porém, sem precisão nas jogadas cruciais; Gigante da Colina segue em queda livre e mantém jejum de não derrotar o Timão há uma década

Vasco domina, mas ausência na objetividade determina vitória do Corinthians 
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
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Por Lucas Monteiro

Na noite desta quarta-feira (21), o Vasco foi derrotado por 2 a 1 pelo Corinthians, em São Januário, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gols de Ribamar para o cruzmaltino e de Gustavo Mantuan e Everaldo para o alvinegro.

Formação tática

O Vasco, do estreante Ricardo Sá Pinto, escalou a equipe no 4-4-2, com Fernando Miguel no gol, Cayo Tenório, Miranda, Leandro Castan e Henrique formando a linha defensiva. Andrey, Marcos Júnior, Carlinhos e Vinícius no meio-campo e Ribamar e Talles Magno fazendo a dupla de atacantes. O atacante Germán Cano tinha sido escalado, mas o camisa 14 sentiu dores na coxa direita no aquecimento e não pôde participar do jogo.

O Corinthians, de Vagner Mancini, escalou a equipe no 4-3-3, com Cássio no gol, Fágner, Marllon, Gil e Fábio Santos formando a linha defensiva, o tripé de meias com Xavier, Ramiro e Éderson, e no ataque com Gustavo Mantuan, Mateus Vital de falso 9 e Cazares. A presença de Mateus foi responsável por puxar a marcação e deixar os lados mais livres para Mantuan e Cazares.

Com mais posse de bola, o cruzmaltino tentou pressionar em bloco médio, com a equipe jogando pelos lados, principalmente pela esquerda, onde o atacante Talles Magno foi bastante visto se deslocando por esse lado. Pela direita, Cayo Tenório foi o ala mais avançado para chegar à linha de fundo, enquanto que Henrique foi o lateral mais recuado, ampliando a linha dos zagueiros.

Contra-ataque venenoso

Aos 22 minutos, quando o Vasco não estava conseguindo criar jogadas de perigo, o Corinthians partiu em contra-ataque com Mateus Vital acionando Cazares pela direita que tocou de primeira sem parar a bola para Gustavo Mantuan, que também de primeira, aplicou uma chapada com o pé direito no canto esquerdo do gol de Fernando Miguel.

Foto: Rodrigo Coca/Corinthians
Foto: Rodrigo Coca/Corinthians

A individualidade da equipe paulista era notória por ter jogadores mais qualificados que o do carioca, porém, a organização e agressividade do Vasco era um pouco mais nítida, a mando do técnico Ricardo Sá Pinto. Entretanto, isso só foi apresentado no segundo tempo, ainda mais com a entrada do estreante Leonardo Gil, volante que substituiu o também volante Andrey, que teve um desempenho abaixo do esperado.

Aos oito minutos do segundo tempo, em uma bela jogada orquestrada por Leonardo Gil que encontrou Carlinhos pela direita com um passe vertical, tal lance que abriu o campo para o meia cruzar com precisão para o centroavante Ribamar que finalizou de voleio acertando a trave direita de Cássio. Um dos lances mais claros, se não o, que deixou o Vasco com uma ótima chance para empatar a partida.

O Corinthians chegou a guardar a bola na rede mais duas vezes, mas todas em lances irregulares. Algo que o Vasco não estava conseguindo, muito menos armar a jogada para tal, no entanto, aos 26 minutos, após o escanteio de Carlinhos que recebeu a bola de volta cortada pela defesa, o mesmo cruzou fechado para Talles Magno que matou de peito e deu uma assistência para Lucas Ribamar marcar o gol de empate de letra com autoridade.

Individualidade tem alto custo

A posse de bola do Vasco era objetiva, apesar da limitação técnica do elenco que impedia o andamento das jogadas, era notável que o cruzmaltino tentou combater a defesa do Corinthians com bastantes cruzamentos a fim de encontrar os seus atacantes. A dificuldade ficou por conta da individualidade, mas isso é apenas questão de tempo para o técnico português organizar com precisão.

Entretanto, tanto o cruzmaltino quanto o alvinegro, não abdicaram em nenhum momento da bola longa para ter um jogo mais rápido. O bloco baixo, proposto por Vagner Mancini desde o início do primeiro tempo, teve a intenção clara de impor a equipe no contra-ataque jogando para encurtar o tempo e achar espaços para abrir o placar. 

E foi o que aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo, quando o velocista Everaldo, dessa vez, abrindo o jogo pela direita, cruzou com a intenção de encontrar os seus companheiros, porém, para a infelicidade do lateral-esquerdo Henrique, a bola desvia no defensor e encobre o goleiro Fernando Miguel, ampliando o placar.

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