Frustrados por não conseguirem o título do Estadual nesta temporada, Santa Cruz e Atlético-PR duelaram na noite desta quarta-feira (10), na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil 2017. Em jogo no Arruda, em Recife, as equipes pecaram nas finalizações e empataram sem gols, deixando o panorama em aberto.
A vantagem para a volta, que será apenas no dia 31 de maio às 19h30, é do Mais Querido, que joga por qualquer vitória ou empate com gols. O Furacão, por outro lado, vai precisar vencer para assegurar sua vaga nas quartas de final do certame nacional, independente do placar em questão.
Os times voltam a campo, pela estreia do Brasileirão, já nesse final de semana. Os pernambucanos vão até o interior catarinense enfrentar o Criciúma pela Série B no Heriberto Hülse nesse sábado (13), às 16h30, enquanto os paranaenses viajam a Salvador, onde enfrentam o Bahia, no domingo (14), às 16h, pela Série A.
Times criam bons lances, mas ficam no zero
Marcação bem postada dos dois lados e pouca objetividade. Foi assim que se desenharam os primeiros 15 minutos de bola rolando, fazendo o pequeno público presente ver um confronto sem muitas emoções. A presença da torcida, apesar de íntima, foi que deu ânimo ao Santa. As primeiras boas chances vieram com os dois volantes, que saíram para o ataque.
Em uma delas, Elicarlos recebeu pela intermediária, adiantou a bola e chutou forte, mas parou em uma defesa segura de Weverton. Logo no minuto seguinte, Pereira fez boa jogada individual em cima de Nicolas e cruzou para David, que arrematou de primeira, contudo desviou em Paulo André e saiu pela linha de fundo.
Buscando explorar eventuais erros de marcação dos donos da casa, os atleticanos foram para cima e conseguiram levar mais perigo. Após um bate-rebate na entrada da área, o rebote sobrou para Grafite no lado esquerdo. O ex-atacante coral dominou, driblou Anderson Salles e, em chute cruzado, fez Júlio César afastar com a ponta dos dedos.
Sem criatividade, as equipes não conseguiram ser incisivas no setor de frente. Já na reta final, o Mais Querido apostou na bola parada como a arma principal para tentar sair em vantagem. Assim, assustou em duas oportunidades. Na primeira, Anderson Salles bateu, a pelota quicou e, com o peito, Weverton afastou o perigo. Depois, Pereira cobrou falta e tentou surpreender, porém contou com desvio de Gustavo Cascardo e passou próximo à trave direita.
Pouco tempo depois de tomar dois sustos, o Furacão reagiu e teve um bom lance, ficando muito perto de tirar o zero do marcador. Lucho fez o cruzamento pela direita e Grafite, chegando com total liberdade, viu o espaço e tentou dar de carrinho. O lateral-direito Vitor, todavia, ficou mais atento e tirou em cima da linha.
Equipes seguem mal e terminam zeradas
Para a etapa final, Eutrópio optou por dar mobilidade ao ataque com a entrada de Everton Santos na vaga de Júlio Sheik, que não foi bem na inicial. No lado do Furacão, Autuori decidiu renovar o fôlego da equipe, ao promover Sidcley e Eduardo da Silva nas vagas de Lucho González e Grafite, respectivamente.
Assim como no primeiro tempo, a primeira boa oportunidade foi para os mandantes. Everton, que acabara de entrar, deu um bom passe na intermediária para Elicarlos, que arriscou muito perto da trave direita. A falta de pontaria coral motivou o Atlético-PR, que foi para o ataque e teve boa chance. Sidcley completou cruzamento da direita e acertou a trave, assustando Júlio César.
Com maior domínio no duelo, os atleticanos tiveram a melhor chance em um lance inexistente. Vitor deu o carrinho, acertou a bola e Sidcley caiu na pequena área, com o árbitro apontando para a marca da cal. O meia Rosseto foi para a cobrança e bateu na esquerda, mas o camisa 1 tricolor fez a defesa.
Mesmo assim, a última boa jogada dos pernambucanos veio com uma das armas de maior força nesta temporada. Anderson Salles cobrou falta forte, contudo a bola passou perto do travessão, acertando ainda a parte superior da rede. Nos minutos finais, tanto corais como rubro-negros seguiram mal nos arremates, terminando zerados em campo.