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F1 decide pelo fim imediato das punições por mensagens no rádio e não adoção do Halo em 2017

Em reunião de seu Grupo de Estratégia, a Fórmula 1 decidiu por algumas mudanças na categoria. As principais são o fim das restrições e punições por mensagens no rádio já a partir do GP da Alemanha, e que o Halo, acessório testado em 2016 para proteger a cabeça dos pilotos, não será adotado na próxima temporada

F1 decide pelo fim imediato das punições por mensagens no rádio e não adoção do Halo em 2017
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Por Eduardo Costa

O Grupo de Estratégia da Fórmula 1, que define mudanças ou vetos na categoria, reuniu-se nesta quinta-feira (28) em Genebra, na Suíça. E, para surpresa de muitos, foram definidas alterações importantes para o certame, algumas delas já de forma imediata.

O grupo que é formado por Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional do Automobilismo), Bernie Ecclestone, chefe comercial da F1, e as seis principais equipes da categoria, definiu que já a partir da próxima corrida, o GP da Alemanha, as punições por mensagens de cunho técnico no rádio estão banidas. A medida previa sanções aos pilotos que recebessem mensagens ou códigos pelo rádio que os ajudassem a resolver problemas nos carros, e foi extremamente criticada após a punição a Nico Rosberg, que caiu de segundo para terceiro no GP da Inglaterra ao ser notificado por receber uma mensagem da Mercedes para lidar com problemas nos freios. Jenson Button também foi punido por receber uma mensagem considerada indevida da McLaren no GP da Hungria e classificou a situação como "estúpida".

Com exceção do período entre a volta de apresentação e a largada, não teremos mais limitações em mensagens que as equipes mandarem para os seus pilotos, seja pelo rádio ou pelas placas no pitlane”, diz o comunicado oficial da FIA.

As mensagens de rádio estão agora permitidas livremente (Foto: Getty Images)
As mensagens de rádio estão agora permitidas livremente (Foto: Getty Images)

O outro fato da reunião que chamou atenção foi a decisão de não adotar o Halo em 2017. O objeto em questão tem o intuito de proteger a cabeça dos pilotos, e entrou em discussão direta nas pautas da categoria após o acidente que matou o francês Jules Bianchi, no GP do Japão de 2015. Ele foi testado durante alguns testes e treinos livres em 2016, mas não irá ser instalado nos carros na próxima temporada. Porém, a FIA deixou claro em comunicado que o acessório será testado, analisado, e pode ser aprovado para uso oficial em 2018.

Ficou decidido que, graças ao tempo curto para o começo da temporada de 2017, é mais prudente utilizar o fim deste ano e todo o próximo para avaliar o potencial completo de todas as opções antes de uma confirmação final. Isso inclui múltiplos testes do sistema Halo em treinos livres durante o resto desta temporada e na primeira metade de 2017. Enquanto o Halo continua sendo a opção preferida, já que é a principal solução até agora, o consenso entre o Grupo de Estratégia é de que outro ano de desenvolvimento pode culminar em uma solução mais completa”, cita o comunicado.

A temporada de 2016 da Fórmula 1 continua com o Grande Prêmio da Alemanha, 12ª de 21 etapas, neste domingo (31), às 9h - hora de Brasília.

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Sobre o autor
Eduardo Costa
Fã de quase todos os esportes, e sofrendo com todos os seus times neles. Dissertando um pouco sobre Fórmula 1, futebol inglês e futebol alemão.