Depois dos sufocos e resultados abaixo do esperado nas primeiras quatro temporadas da Fórmula E, Antonio Félix da Costa fez um bom campeonato na quinta edição e conseguiu desta forma, sua vaga na DS Techeetah. A vontade de vencer e talento do piloto português, aliado ao bom trabalho do time chinês deu fruto logo em seu primeiro ano juntos: o título de piloto e equipes.

Com uma diferença de 68 pontos para o segundo colocado na tabela de classificação, Da Costa precisava apenas de um segundo lugar no ePrix de Berlim disputado neste domingo (09) no Aeroporto de Tempelhof, em Berlim na Alemanha, para garantir o título.

E foi exatamente o que ele fez: largou em segundo ao lado do companheiro de equipe, o francês Jean-Eric Vergne, e se manteve durante quase toda a prova nesta colocação. Da Costa até chegou a superar JEV e assumir a liderança por algumas voltas, mas foi questão de tempo para a dupla trocar de posição.

Desfecho da glória

No fim, o tão esperado título, e um emocionado Antonio Félix da Costa pouco conseguia falar na entrevista pós-corrida: "Estou sem palavras. Algumas vezes, estive tão perto de desistir durante os momentos difíceis e graças às pessoas ao meu redor, nunca desisti. Sou muito grato a essas pessoas que acreditaram em mim e em minhas capacidades, mesmo quando não terminava nem perto do pódio."

Realmente, Da Costa não teve bons momentos nos primeiros anos de Fórmula E. Presente no grid da categoria desde a primeira temporada, o piloto português sempre esteve longe da disputa pelo título – terminou em 13º, 20º e 15º antes de terminar em sexto lugar com a BMW i Andretti Motorsport na temporada passada.

Mas o convite para integrar a DS Techeetah logo após a saída de André Lotterer para a novata TAG Heuer Porsche, proporcionou a Da Costa uma chance de poder sonhar com o título. Correr na equipe campeã da temporada passada e ao lado do atual bicampeão e amigo Jean-Eric Vergne era uma oportunidade ótima e ele não pensou duas vezes: aceitou, e o resultado apareceu.

"Muito obrigado ao JEV, eu sei que foi difícil para ele, mas ele me ajudou muito e foi principalmente graças a ele que me estabeleci tão rapidamente na equipe", agradeceu Da Costa, que havia dito anteriormente que o convite para integrar a DS Techeetah teve ajuda do piloto francês.

O piloto de 28 anos e natural de Cascais, em Portugal, se tornou o primeiro campeão da Fórmula E a garantir o título antes da rodada final (com duas corridas de antecedência). Além disso, Da Costa se uniu a Alexander Sims como únicos pilotos a conquistarem três poles consecutivas, assim como igualou Sébastien Buemi como os únicos a vencerem três vezes seguidas na categoria de carros elétricos.