Considerado por muitos, antes da Copa do Mundo, o melhor ataque da competição. Assim chegaram os atacantes argentinos na maior competição de seleções do mundo. Todavia, exceto Messi, nenhum outro atacante marcou gols neste Mundial. E isso preocupa Alejandro Sabella. O revezamento de gols que ocorria nas Eliminatórias não está acontecendo e a Argentina vê a dependência em Messi aumentar cada vez mais.

Higuaín é o mais contestado por torcedores e imprensa, já que teve oportunidades de marcar na primeira fase. Exceto na estreia diante a Bósnia, quando jogou somente os 45 minutos finais, Pipita começou todos os jogos da Argentina. Foi substituído por Palacio diante o Irã, todavia atuou em tempo completo diante Nigéria e Suiça (120 minutos, inclusive).

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Agüero é um pouco menos criticado, já que sofreu lesão no primeiro tempo diante a Nigéria. Nas partidas que esteve em campo, somando 199 minutos (86 minutos diante a Bósnia ,76 contra o Irã e 37 contra a Nigéria) foi muito apagado. Por muitas vezes, afunilou no meio da ataque juntamente com Higuaín, e não cumpriu papel pelo flanco direito. Não teve grandes chances de marcar e deu lampejos em algumas triangulações com Messi e Di María.

A esperança para mudar esse panorama tem nome, e se chama Ezequiel Lavezzi. Na estreia diante a Bósnia, esquentou o banco. Diante o Irã, entrou no lugar de Agüero, deu mais opções de ataque, aberto pela ponta direita, além da assistência para Messi fazer o gol da vitória. Quando Agüero sentiu lesão muscular diante a Nigéria, Sabella chamou o Pocho. Teve atuação regular diante os africanos e a Suiça, e pode permanecer com a titularidade, mesmo com a volta de Agüero, já que deu novas opções ao técnico. Diversas foram as vezes em que inverteu de lado com Di María nas oitavas de final.

Aquele que parece o substituto imediato de Higuaín, Palacio se mostrou boa opção nos poucos momentos que esteve em campo. Somou somente 61 minutos e foi dele que surgiu a jogada do gol da classificação para as quartas de final, onde roubou bola na saída de bola da Suiça e entregou para Messi fazer jogada individual e rolar para Di María marcar. Esse lance foi muito valorizado por Sabella e grupo. Parece ter ganho alguns pontos na escala do diretor técnico e pode aparecer mais assiduamente.

Por terem deixado de fora da lista de convocação nomes como Carlos Tévez e Mauro Icardi, os atacantes tem sido muito cobrados. Fato é que dos sete gols argentinos nesta Copa do Mundo, quatro são de Messi, um de Rojo em bola parada, um contra diante a Bósnia e um de Di María. Dos três sem autoria da Pulga, ele participou de dois. Cruzou para o gol contra e fez bela jogada no gol da classificação para as quartas. Ou seja, nem 15% dos gols argentinos não tiveram a participação de Messi. A dependência teve o resultado contrário ao esperado de Sabella: aumentando, ao invés de diminuir. Para chegar mais longe na Copa do Mundo, as outras peças do ataque precisam aparecer.