A grande adversária do Brasil na luta do ouro olímpico inédito neste sábado (20), às 17h30 (de Brasília), no estádio Maracanã, é a Alemanha. Ela vem impressionando não só pelos jovens talentos e sim pelo aspecto tático.

Na verdade nomes conhecidos é a escassez dos finalistas, talvez o mais famoso seja Maxilian Meyer, do Schalke 04. Mesmo assim, a equipe é a que mais marcou gol na competição, no total foram 21 gols marcados.

Se vencer o duelo que no Rio de Janeiro, cessará um jejum que dura 40 anos: A única vez em que recebeu a medalha dourada, foi quando ainda era Alemanha Oriental em 1976. Se não ganhar, também poderá comemorar: A parte oriental alemã também havia conseguido a prata. Algo que nem como Ocidental ou unificada conseguiu, o das duas maior feito foi bronze.

Históricamente os alemães conquistaram no futebol (contando ambas as partes): Uma medalha de ouro, de prata e três de bronze (uma quando eram apenas Alemanha em 1964, a outra como Oriental em 72 e na área Ocidental em 88.

Ataque ofensivo e solidez defensiva é a grande arma dos alemães no torneio

Apesar de ser o ataque mais ofensivo da competição, o que mais impressiona é a solidez na defesa. A dupla Matthias Ginter do Borrusia Dortmund e Niklas Süle do TGS Hoffeinheim, apresentam uma maturidade que faz esquecer a pouca idade deles. O primeiro inclusive é remanescente do time alemão campeão da Copa do Mundo 2014.

Além da dupla de zaga, um grande destaque também são os laterais, Jeremy Toljan novamente do Hoffeinheim e Lukas Klostermann do récem promovido à Bundesliga, RB Leipizig, apesar de serem super ofensivos, recompõem muito bem defensivamente. Sem contar com Sven Bender fazendo o papel de volante cão de guarda, isso faz com que a equipe seja altamente compactada.

O super-ofensivo 4-1-4-1 foi realizado em todos os jogos

Se a parte defensiva tem dado   conta do recado, o que dizer da ofensiva? Apesar de Selke, um dos representantes do RB Leipizig, clube da parte oriental alemã ser a referência de ataque, ele é auxiliado por  quatro jogadores.

Serge Gnabry uma das grandes apostar do Asenal para próxima temporada, juntamente com Julian Brendt que atua no Bayer Leverkusen, fazem papéis de pontas. Auxiliados pela chegada dos laterais Klostermann e Toljan, infernizam a zaga aparecendo na pequena área assiduamente. 

Contudo, tudo isso não aconteceria se não fosse alguém para ser cerebral, e essa função é comandada por dois jogador, Max Meyer e Lars Bender. O primeiro é até mais ofensivo que o segundo, e aparece naturalmente fazer tabela com Gnabry e Brandt, ameaçando constantemente os rivais. Já Lars, faz o papel de ligação entre a parte defensiva com a ofensiva, puxando a bola do seu irmão Sven e auxiliando as criações de jogadas com Meyer.

A única vez em o técnico Horst Hrubesch não aderiu o sistema foi na última etapa da semifinal diante a Nigéria, em que recuou Lars para auxiliar Sven. Vendo que seu time perdeu produtividade fez substituições de voltou para o plano tático original.

Em cinco partidas marcou 21 tentos e sofreu 5, sendo que nenhum dos gols sofridos foi na fase de mata-mata.

Dificuldade de liberação dos clubes e lesões foi um dos obstáculos superado pelos alemães 

Pra quem esperava nomes conhecidos do público geral, se decepcionou. Muito por conta da FIFA ter permitido os clubes não serem obrigados a liberar os jogadores para os Jogos Olimpicos, diferentemente da edição de 2012.

Nomes que participaram da Eurocopa em junho na França foram vetados, entre eles havia vários nomes sub23: Jonathan Tah do Bayern Leverkusen, Joshua Kimmich do Bayern de Munique, Julian Weigl sensação do aurinegro de Dortmund, Emre Can do Liverpool, Julian Draxler do Wolfsburgo e Leroy Sané recém contratado pelo Manchester City.

Algumas sensações do Campeonato Alemão também foram vetadas: Mahmoud Dahou, do Borusia Mönchengladbach; Niklas Stark, do Hertha Berlim, foram poupados por estarem disputando as premilinares da Champions League e Europa League respectivamente.

Independente desse ocorrido, teve o fator lesões. Aos 45 do segundo tempo Leon Goretzka, que até então era o capitão do time sofreu uma lesão no ombro durante amistoso preparatório. Assim ele teve que ficar fora da equipe. O atleta de 21 anos seria um dos mais conhecidos ao lado de Meyer, ambos do azul de Gelsenkirchen.

Goretzka era um dos nomes certos para essas Olímpidas, mas foi vetado perto há um mês do torneio. Divulgação/Schalke 04
Goretzka era um dos nomes certos para as Olímpiadas , mas foi vetado perto há um mês do torneio. Divulgação/Schalke 04