O ano do Clube Atlético Juventus, do bairro da Mooca, de São Paulo, não foi nada bom. No primeiro semestre, jogou o Campeonato Paulista da Série A-2 e foi rebaixado para a Série A-3. Já no segundo, disputou a Copa Paulista e foi eliminado nas quartas de final, não conseguindo atingir seu objetivo, que era conquistar a vaga para a Copa do Brasil.

Além dos problemas dentro de campo, o clube também sofreu com muitos fora dele, especialmente na presidência. Depois de muitas brigas em reuniões - em uma até foi chamada a polícia -, finalmente o Juventus têm seu provável presidente para os próximos dois anos: Alexandre Borzani é o cotado para assumir o cargo.

Nos gramados, o Moleque Travesso foi mal, especialmente no Campeonato Paulista da Série A-2. Com seguidas atuações ruins dentro e fora de casa, o time grená terminou a competição com 4 vitórias, 2 empates e 13 derrotas, conquistando 14 pontos. Além disso, o clube teve quatro técnicos só no estadual. São eles: Claudemir Peixoto, Luis Carlos Serrão, Luiz Carlos Ferreira e Celinho, que continou até o final do ano no comando da equipe. 

Antes do começo da competição, o time da capital paulista apostava em sua casa para conquistar os pontos e não voltar à Série A-3. O famoso Estádio Conde Rodolfo Crespi, mais conhecido como Javari, sempre foi uma arma para a equipe grená. No entanto, o time não foi bem em seu estádio pelo Campeonato Paulista, conquistando apenas 7 pontos (2-V, 1-E e 6-D). Apesar das consecutivas derrotas em seus domínios, a torcida sempre compareceu em grande número à Javari, tornando-se o grande destaque do ano juventino. 

Com jogadores da base, Juventus vai bem na Copa Paulista, mas é eliminado pelo carrasco Audax

Após o rebaixamento no estadual, a diretoria juventina resolveu reformular a equipe para a disputa da Copa Paulista. Com bons jogadores na base, os dirigentes resolveram mandar boa parte do elenco embora e dar chances aos garotos. Diferente do começo do ano, o Moleque Travesso usou bem seu estádio e conquistou maior parte dos pontos nele. A torcida, no entanto, desconfiava do time de garotos que foi formado, alegando que "para se campeão, o time deve ter jogadores experientes."

Na primeira fase do torneio, o time grená conquistou 7 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, somando 24 pontos e ficando apenas atrás do São Bernardo por números de cartões. O bom futebol animou a todos, e o Juventus foi à segunda fase com moral. Em um grupo difícil, o time, após muito esforço, conquistou a vaga. Com 3 vitórias e 3 derrotas, a passagem para as quartas de final veio na última rodada, quando conquistou uma das suas mais empolgantes vitórias da temporada para cima do Rio Preto, por 4 a 1. 

Nas quartas de final, o pesadelo juventino estava a sua frente: o Audax. O clube da capital paulista, em sua pequena história no futebol, nunca perdeu para o Juventus. Foram dois jogos bem tensos, sendo um na casa do Audax e um na casa juventina. O primeiro ocorreu no Nicolau Alayon, estádio do grande rival do Juventus, o Nacional. A partida foi truncada, com poucas chances para os dois times. Nas três grandes chances saíram os gols do jogo, um da equipe da casa e um do visitante, levando a vaga aberta para o segundo duelo. 

Na Javari, o jogo foi bastante sonolento, com o Audax um pouco melhor durante todo o primeiro tempo, conseguindo o seu gol no final dele. Precisando de dois gols - empate no agregado classificaria a equipe da Mooca -, o Juventus pressionou e tentou os gols de todas as maneiras. Após muita pressão, o gol veio somente nos acréscimos e, logo em seguida, o árbitro encerrou a partida. Acabava ali o ano juventino. 

Agora o clube da Mooca tenta se reconstruir. O técnico Serginho, recém-contratado pela diretoria, tenta montar um time competitivo para a disputa da Série A-3 e da Copa Paulista. Mesclando jovens e experientes, Serginho acredita que a equipe fará um bom ano e conseguirá o acesso, maior objetivo para a temporada.