Romário não para de expor sua opinião sobre o futebol nacional e internacional, a Seleção Brasileira e a FIFA. Em entrevista aos jornais BBC, do Reino Unido, e La Gazzetta dello Sport, da Itália, um dos principais jogadores que atuaram no futebol brasileiro falou sobre os critérios utilizados para as convocações dos jogos das Eliminatórias e sobre as futuras eleições na entidade máxima do esporte no planeta.

Hoje Senador da República pelo PSB-RJ, Romário afirmou que nem todos os convocados para representar o Brasil em amistosos e nos jogos oficiais à frente são os melhores. Ainda que revele ser amigo próximo de Dunga, atual comandante da Amarelinha, um dos maiores goleadores do futebol verde e amarelo acredita em interesses externos que interferem diretamente na escolha dos selecionáveis. “Dunga é meu amigo, mas está comprometido. Não chama mais os melhores e existem muitos interesses por trás disso. O elenco pertence aos agentes que querem ficar ricos com as convocações”, disse Romário, em entrevista ao jornal BBC.

Sobre as eleições a serem realizadas em breve para decidir o próximo presidente da FIFA, em substituição ao suíço Joseph Blatter, o tetracampeão mundial em 1994 afirmou que o francês Michel Platini faz parte da mesma escola de corrupção de Blatter. Sobre o brasileiro Zico, que manifestou o interesse em concorrer ao pleito, Romário crê na idoneidade e na ausência de irregularidade na trajetória de uns dos atletas mais cultuados no país. Entretanto, por não ter apoio, não acredita no sucesso de Zico.

“A Fifa está corrupta. Dentro dela há um cartel. Alguns já foram presos, outros ainda serão. Acredito, espero e rezo para que Blatter seja um deles. Blatter é o chefe dessa escola de pessoas que pode influenciar no mundo do futebol. Não posso afirmar que Platini seja corrupto, mas está claro que a forma dele dirigir a Uefa não é a melhor. Platini é parte deste mundo e não há nada de positivo em sua gestão. Platini é da mesma escola de Blatter”, continuou Romário, em entrevista ao jornal La Gazzetta dello Sport.

“Quando Zico anunciou sua candidatura, disse que era uma boa opção, mas acredito que não está pronto. O que é certo é que não está corrompido e por isso meu voto é dele. Mas não terá nenhuma chance, a CBF não o apoia”, concluiu o ex-atacante, ainda que Zico tenha visitado a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre um possível apoio à candidatura. O maior ídolo do Flamengo precisa do apoio de cinco confederações até 26 de outubro para viabilizar disputa ao pleito.

Ao todo, sete pessoas já anunciaram interesse em disputar eleições presidenciais no órgão regulador do futebol do planeta. Além de Zico e Michel Platini, o multimilionário sul-coreano Chung Mong-Joon, o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, o presidente da Federação Liberiana, Musa Bility; os ex-jogadores David Nakhid, de Trinidad e Tobago, e Segun Odegbami, da Nigéria.