Neste domingo (1) Audax e Santos realizam a primeira partida das finais do Campeonato Paulista 2016, em Osasco. O duelo já teve um confronto neste ano, na ocasião o peixe venceu por 2 a 1 dentro de seu estádio. Mas quem saiu na frente foram os osasquenses, que impuseram o seu futebol característico de posse de bola, dificultando a partida para o alvinegro, que teve que se desdobrar para buscar o empate nos minutos finais da partida.

Assim como o Audax, o peixe tem na posse de bola a característica de seu jogo. Orquestrado por Lucas Lima, o meio-campo santista preza o toque de bola e a velocidade na saída para surpreender o adversário. Mas diante do time de Osasco a equipe da baixada viu um espelho do outro lado, com um futebol extremamente disciplinado, tático e bem jogado. Estar diante de um adversário que possui as mesmas armas e ainda tem a vantagem de não ter a cobrança que um time como o Santos tem, deixaram Dorival Junior e seus meninos contra a parede.

Sem contar com algumas peças de seu time titular, como Thiago Maia, Renato e Gabriel, Dorival foi ousado. Sabendo que do outro lado teria uma equipe que não se abstém de bola, o técnico santista substituiu as ausências com os meias Léo Cittadini e Rafael Longuine, dois jogadores de criação, com poucas características defensivas. A intenção do comandante do alvinegro era ter a bola na maior parte do tempo, o que a princípio não fez efeito.

O Audax não se intimidou jogando no alçapão santista e ditou o ritmo nos primeiros trinta minutos. Com o forte apoio de Velicka, Henrique e Wellington pelo lado esquerdo, o Santos não conseguia conter a constante troca de bola dos rivais e praticamente assistia à partida. Quando tinha a bola, o Santos foi lento e a rápida recomposição do time de Fernando Diniz não permitiam os donos da casa criar chances ou chegar na área.

Aos 43 da primeira etapa o inevitável aconteceu. Após recuperar a bola, o Audax foi rápido para ligar o contra-ataque. Em um vislumbre de Santos, Wellington apareceu livre pela esquerda e tinha que encarar Victor Ferraz e Luiz Felipe sozinho. O que não foi problema para o atacante, se livrando magicamente do lateral e do zagueiro com um único corte e mandando para as redes com um toque esperto por cima do goleiro Vanderlei que deslizava para conter o camisa 11.

Atrás do placar o Santos teria que se expor e apresentar outras alternativas no segundo tempo para virar a partida. E Dorival foi parte essencial para fazer isso acontecer, com uma dose grande de ousadia. O técnico sacou o zagueiro Luiz Felipe e colocou em campo o ponta Ronaldo Mendes. Na frente trocou o meia Patito Rodrigues, que deu lugar ao atacante Joel e Serginho entrou no lugar de Vitor Bueno. Com apenas um zagueiro em campo, quatro meio-campistas e dois centroavantes, o peixe tinha em campo um time totalmente ofensivo.

A estratégia deu certo. Agora dominando o meio campo, o Santos precisou de 13 minutos para igualar o placar, com um lindo chute de Leo Cittadini da entrada da área. Imponente o peixe continuou em cima, mas o Audax se defendia bem e perigava nos contra-ataques. Mas faltando três minutos para o fim da partida Ronaldo Mendes encontrou as redes, depois de bela assistência de Victor Ferraz, garantindo o difícil triunfo santista por 2 a 1.

O jogo foi uma prévia da dificuldade que possivelmente o Santos vai encontrar nas finais. Agora com o adendo de o time de Osasco ter no currículo, eliminado com imponência duas grandes equipes: o São Paulo com um maiúsculo quatro a um e o Corinthians, dono da melhor campanha e que jogava dentro de sua casa. Essas duas vitórias mostraram que a equipe não se intimida diante dos grandes ou de jogar com a torcida contra, além de apresentar armas além do toque de bola, como o chute de fora da área, apresentado com maestria nos gols de Tchê-Tchê e Bruno Paulo.