América-MG faz partida sólida, vence Internacional e deixa a zona de rebaixamento

O Coelho acabou com invencibilidade de 10 jogos do International

América-MG faz partida sólida, vence Internacional e deixa a zona de rebaixamento
(Foto: Divulgação/América-MG)
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Por Gabriel Andrea

Nesta quinta-feira (26), duas equipes com objetivos bem distintos entraram em campo. O Internacional viajou para Belo Horizonte decidido a fazer uma boa apresentação e encostar ainda mais nos líderes do campeonato. Já o América-MG, em uma situação mais delicada, vinha de 5 jogos sem vencer (4 derrotas e 1 empate) e buscava vencer em casa e deixar a zona da degola, ao menos por uma rodada. A maior motivação para o Coelho seria a estreia do técnico Adílson Batista, recém chegado ao clube - e tendo treinado a equipe mineira apenas uma vez antes da partida.

O América-MG entrou em campo com João Ricardo, Aderlan, Matheus Ferraz, Messias, Carlinhos; Juninho, Leandro Donizete, Wesley; Ruy (entrou Matheusinho), Giovanni (entrou Gerson Magrão) e Rafael Moura (entrou Zé Ricardo). O Internacional, sob comando de Odair Hellmann, foi a campo com Danilo Fernandes, Zeca, Klaus, Víctor Cuesta, Iago; Edenílson, Patrick; Lucca (entrou D'Alessandro), Leandro Damião (entrou Jonatan Álvez), Nico López (entrou Camilo) e William Pottker. A partida teve o apito todo vindo de São Paulo. O trio paulista foi formado por Flávio Souza, auxiliado por Marcelo Van Gasse e Danilo Manis.

O jogo começou muito aberto. As equipes tentavam lançamentos longos para que Rafael Moura e Leandro Damião (os centroavantes de cada uma das equipes) resvalassem na bola conseguissem jogadas de perigo logo de cara. Mas não por muito tempo. Logo aos 5 minutos de jogo, depois de cobrança de lateral, Juninho mandou um foguete colocado e a bola entrou no ângulo do gol de Danilo Fernandes, que nada pode fazer.

Depois do primeiro gol, o Coelho continuou marcando sob pressão e dificultando a vida dos jogadores do Inter, que saiam pra jogo com muita dificuldade. Mesmo com posse de bola superior, até a metade da primeira etapa o Internacional não teve nenhuma chance clara de gol.

Segurando o jogo lá atrás e apostando nos contra ataques, o América seguia sobrando na partida. Até que, aos 34 minutos de jogo, depois de um bolão de Ruy para Giovanni, conseguiu marcar seu segundo gol no jogo. Giovanni bateu na saída do goleiro, com tranquilidade.

Mantendo a mesma intensidade após o segundo gol, a equipe de Adílson Batista administraria o resultado até o apito final do primeiro tempo. Até lá, o time Colorado via em Lucca a maior saída para que conseguissem diminuir o placar. O atacante cruzou diversas bolas em direção à área, tanto pelo lado esquerdo quanto pelo direito, quando alternava de posição com Nico López. Mesmo assim, os atacantes do Inter viam a zaga americana afastar com tranquilidade. O América vinha ditando o ritmo do jogo.

Já na segunda etapa, Odair Hellmann claramente mudou sua estratégia inicial, pedindo para que seu volante de contenção, Edenílson, subisse mais vezes ao ataque e desafogasse os atacantes, que também estavam encumbidos de cumprir a função de armadores - na ausência de um meia com a característica, até a entrada de D’Alessandro. E funcionou bem já no reinício da partida. João Ricardo e a zaga americana foram exigidos algumas vezes, mesmo que nenhuma jogada da equipe do Internacional tivesse levado tanto perigo ao gol do América-MG.

Aos 24 minutos do segundo tempo, o volante Leandro Donizete deu um carrinho perigoso e atingiu o tornozelo do zagueiro Víctor Cuesta. Depois de advertido com um cartão amarelo, os jogadores seguiram discutindo e o defensor colorado também acabou levando um cartão amarelo, o que não evitou que mais jogadores se dirigissem ao juíz e batessem boca com os adversários. Pouco tempo depois e sem conseguir acabar com o tumulto, o árbitro interpretou a discussão entre os jogadores Wesley e D’Alessandro como passível de cartão vermelho, mesmo que de forma bem polêmica, o que gerou bastante revolta do staff técnico colorado.

Nos 20 minutos finais, em um confronto de 10 contra 10, o Inter - à procura do resultado - pressionou o Coelho até os últimos minutos de jogo. Foi quando Odair Hellmann resolveu sacar Damião da equipe e promover a estreia do recém-contratado atacante Jonatan Álvez, uruguaio de 30 anos de idade. Forte fisicamente, Jonatan deu trabalho em suas duas primeiras jogadas em campo, até fazer o gol de honra do Internacional, na pequena área, aos 43 minutos do segundo tempo. Não foi, entretanto, suficiente para que o time do Rio Grande do Sul conseguisse o empate diante dos mineiros.

Com o resultado positivo, o Coelho, voltou a somar três pontos após cinco jogos de jejum e ainda deixou a zona de rebaixamento. De quebra, tirou o Colorado do G-4.