O domingo não foi dos melhores para o Flamengo. Diante de mais de 60 mil pessoas, o Rubro-Negro foi batido pelo Ceará em pleno Maracanã por 1 a 0, com gol sofrido nos acréscimos, e poder ficar muito distante da ponta da tabela e consecutivamente da briga pelo título nacional.
Após o revés, Maurício Barbieri e o elenco ficaram quase uma hora conversando no vestiário do estádio. Passado o tempo de diálogo, o técnico deu total apoio aos atletas que falaram ao término do confronto e comentou sobre as cobranças.
“As declarações dos jogadores são o sentimento do grupo. Fomos ineficazes para fazer o resultado necessário. Dia e resultados muitos ruins. Conversamos no vestiário. Houve cobranças no intervalo e no final. Cobrança tem que existir”.
Barbieri não pareceu nenhum pouco conformado e satisfeito com o placar, mas demonstrou foco no Internacional para melhorar: "Uma derrota dura, difícil e inadmissível. Em casa não fomos capazes de fazer valer nossa força. Temos que pensar no Inter e buscar soluções".
Como se não bastasse a fase ruim, o time carioca terá três desfalques importantíssimos para o jogo em Porto Alegre na quarta-feira (5). Cuéllar e Lucas Paquetá, com as seleções colombiana e Brasileira respectivamente, não jogam, além do meia Diego suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido no confronto deste domingo (2).
O técnico cometou que a lista de desgalques ainda pode ser maior, mas que a equipe que for buscará um bom desempenho: “Vamos reavaliar todos os jogadores amanhã (segunda). A lista de desfalques pode ser maior contra o Inter. Vamos escolher a melhor equipe para ter um desempenho satisfatório em Porto Alegre”.
Os mais de 60 mil presentes não deixaram barato a fraca atuação da equipe na derrota e vaiou o time ao apito final. O comandante tratou como natural e compreensível, tendo em vista que o Flamengo não fez seu papel e perdeu a partida.
“As vaiais são compreensíveis a torcida. Lotou o Maracanã e nos apoiou. Fez o papel dela e nos apoiou. Nós não fizemos nosso papel. Não funcionamos como equipe. Às vezes a torcida acaba direcionando as vaias para um jogador ou outro, mas temos que nos cobrar como equipe”.
Medo de ser demitido não parece ser problema para o treinador no momento. Para ele, basta fazer um bom trabalho e encontrar soluções para que o time alcance os resultados almejados: “O meu temor é não conseguir fazer o trabalho da maneira que quero. Não penso no Maurício nesse agora. Quero que a equipe encontre soluções, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para o Fla encontrar os resultados”, afirmou.
Barbieri finalizou falando da conversa e clima no vestiário, alegando que houve bastante cobrança e frustração. Ele também pediu reflexão do elenco para que isso (derrota em casa) não volte a acontecer.
“Nos cobramos no vestiário. Quem almeja coisas maiores não pode ter um resultado em casa. Conversamos para que isso não volte a acontecer. Não teve lavagem de roupa suja no vestiário. O que houve foi frustração. Precisamos refletir e buscar soluções como uma equipe”.