Em novo confronto de brasileiros contra argentinos, Boca Juniors e Santos se enfrentaram nesta quarta-feira (6), em La Bombonera, válido pelo jogo de ida das semifinais da Taça Libertadores da América. Cercado de expectativas, o confronto terminou empatado sem gols.

Após o término da partida, o time santista reclamou de pênalti claro não marcado a seu favor, além de deixar a sensação de que foi prejudicado pela arbitragem comandada pelo chileno Roberto Tobar.

Distribuição tática

O técnico Miguel Angel Russo usou o 4-4-2 para escalar o Boca Juniors: Andrada no gol, Jara na lateral-direita, Lisandro López e Izquierdoz na defesa, Fabra na lateral-esquerda. No meio, Capaldo e González jogaram mais recuados, na marcação, enquanto Salvio e Villa jogaram mais adiantados pelos lados. A dupla de ataque foi composta por Tévez e Soldano.

O treinador Cuca, por sua vez, utilizou o 4-3-3 para mandar o Santos a campo: John no gol, Lucas Veríssimo e Luan Peres na defesa, Pará e Felipe Jonatan nas laterais. O meio-campo foi movimentado por Pituca, Alison e Lucas Braga, enquanto Marinho, Kaio Jorge e Soteldo cuidaram das jogadas de ataque.

Santos dita ritmo na Argentina

Durante os 90 minutos, o Santos apresentou futebol convincente e deu muito trabalho ao temido Boca Juniors. Nos dois tempos, os argentinos aproveitaram os minutos iniciais para mostrar seu jogo e levar perigo à meta santista, principalmente na primeira etapa com Villa. Depois, da metade até o fim de cada 45 minutos, o time brasileiro comandou as ações da partida com mais posse de bola (55% ao todo) e tentativas para se aproximar do gol adversário.

Enquanto esteve em campo, o venezuelano Soteldo chamou atenção por tamanha movimentação no lado esquerdo, além de ser o canto que o Peixe usou com maior frequência ameaçar os Xeneizes nas jogadas de ataque. Junto com a parte ofensiva, a defesa também colaborou positivamente e cortou as jogadas de perigo do adversário nos momentos pontuais, o que fez o zagueiro Lucas Veríssimo ser um dos destaques da partida.

Apesar do bom desempenho, da atuação em alto nível desde a defesa ao ataque, faltou ao Santos maior agressividade na frente para sair com a vitória fora de casa. De dez finalizações, apenas duas foram ao alvo, com o goleiro Andrada sendo acionado em dois momentos. A equipe praiana foi superior, mas não soube colocar isso em prática.

Pesou também o pênalti claro que a arbitragem comandada por Roberto Tobar deixou de marcar aos santistas, em momento que Izquierdoz derrubou Marinho na grande área. O árbitro chileno sequer foi checar o lance no VAR, o que gerou muita polêmica. Com razão, o time brasileiro se sente prejudicado.

Próximos compromissos

Em seus respectivos campeonatos nacionais, o Santos terá clássico Sansão no domingo (10), às 16h, diante do São Paulo, no Morumbi, enquanto o Boca Juniors jogará diante do Argentinos Juniors no sábado (9), às 21h30, fora de casa.

O jogo de volta das semifinais entre as equipes será na próxima quarta-feira (13), às 19h15, na Vila Belmiro. Somente a vitória interessa para os brasileiros, pois empate sem gols leva decisão aos pênaltis e empate com gols classifica os argentinos à final da competição sul-americana.