Dentre todas as equipes que participarão do Campeonato Brasileiro de 2017, o maior desafio é o da Chapecoense. O clube do Oeste catarinense, que sofreu o maior acidente aéreo da história do futebol, vivencia a reconstrução dentro e fora de campo. Disputando três competições, a Chape entra no Brasileirão com a força da sua torcida, para provar que 2017 também será um ano de vitórias.
No estadual, a equipe de Vagner Mancini conquistou a Taça Sandro Pallaoro, em homenagem ao presidente da equipe que faleceu no acidente, e saiu na frente na final contra o Avaí. Pela Libertadores, a Chape começou bem, mas se enrolou contra o Nacional-URU e ocupa o terceiro lugar no grupo G. Pela Recopa Sulamericana, o Verdão venceu a primeira partida contra o Atlético Nacional e vê a conquista inédita cada vez mais próxima.
Escalação: a nova “velha” Chape
Destaque: Reinaldo, o rei do Oeste
O lateral-esquerdo Reinaldo é, sem dúvidas, o destaque da Chapecoense em 2017. O alagoano de Porto Calvo foi de jogador contestado no São Paulo a líder de assistências da equipe de Vagner Mancini. Autor do primeiro gol do time catarinense na Libertadores, contra o Zulia, Reinaldo também marcou em outras três oportunidades, incluindo contra o Atlético Nacional, pela Recopa. Velocista e com lançamentos fortes, o jogador será uma das grandes armas da Chapecoense para o Campeonato Brasileiro.
Fique de olho: a joia da base Douglas Grolli
A frase já conhecida é o que resume o retorno de Douglas Grolli à Chapecó: “O bom filho, a casa torna”. O zagueiro de 27 anos, formado pela Chapecoense e com duas passagens pela equipe, foi o primeiro reforço apresentado pela diretoria do Verdão. Se tornou unanimidade na zaga da Chape, sendo titular em 17 jogos e marcando o primeiro gol do novo time em partidas oficiais. Com habilidade na marcação, Grolli tem tudo para fazer um bom Brasileirão defendendo a camisa da Chape.
Técnico: a missão de Mancini
Vagner Mancini chegou a Chapecó com um dos maiores desafios de sua carreira: comandar um time que praticamente não tinha jogadores, a não ser por poucos remanescentes, como o meia Nenén e o volante Moisés Ribeiro. Porém, cinco meses após o início, o treinador de Ribeirão Preto já colhe frutos do trabalho, com o título do returno do Catarinense e a vantagem na disputa da Recopa. Experiente, o treinador, juntamente com a equipe, já conquistou a confiança da torcida de Chapecó.
Estádio: a histórica Arena Condá
A Chapecoense segue mandando seus jogos na Arena Condá. Construída em 1976, o estádio sempre foi casa da Chapecoense e, em 2007, foi reformada, tendo sua capacidade aumentada de 12.500 pessoas para 22.600 pessoas. Conhecida pela força em casa, a Chapecoense já alcançou grandes resultados, como a classificação para a final da Copa Sul-Americana e as goleadas contra Internacional, em 2014 e Palmeiras, em 2015.
Posição em 2016: regularidade e tranquilidade
O time de Caio Junior terminou o campeonato num confortável 10º lugar, com 52 pontos. Com 13 vitórias, 13 empates e 12 derrotas, a Chape terminou com saldo de gols em -7. O artilheiro da equipe foi Bruno Rangel, responsável por dez dos 49 gols da equipe no campeonato nacional.
Expectativa para 2017: reconstrução
Diante do momento que passa a Chapecoense, o Brasileirão será o momento de seguir no processo de reconstrução do time. O objetivo principal é, sem dúvidas, fugir do rebaixamento. Porém, o contexto de ressurgimento torna a competição ainda mais especial e importante. Uma forma de homenagear o legado daqueles que se foram em nome de um sonho.