O primeiro trabalho de Deivid como treinador teve fim neste domingo (24), após a eliminação do Cruzeiro nas semifinais do Campeonato Mineiro, no empate sem gols diante do América-MG, já que tinha perdido a primeira partida por 2 a 0. Técnico e diretoria se reuniram durante a noite e a Raposa optou pela demissão do profissional. Ambos irão conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), às 14h.
O ex-atacante permaneceu no cargo durante quatro meses e 17 dias e sua passagem foi marcada por reclamações por parte da torcida. Apesar das críticas, Deivid terminou a primeira fase do Campeonato Mineiro na liderança isolada e invicta. No entanto, as três últimas partidas apagaram a bela campanha do treinador na fase classificatória do Estadual: derrota para o América-MG e os empates sem gols diante do Campinense, pela Copa do Brasil, e contra o Coelho.
Deivid chegou ao Cruzeiro em junho do ano passado, na época, auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo. Com a demissão de Luxa em agosto, o ex-atacante foi contratado pela Raposa para fazer parte da comissão técnica fixa. Poucos dias depois, Mano Menezes assumiu o comando do time celeste, no entanto, acertou sua transferência para o futebol chinês, abrindo caminho para a efetivação do ex-auxiliar como técnico.
O treinador esteve no comando do time em 18 partidas, com 11 vitórias, cinco empates, duas derrotas, 26 gols marcados e 14 sofridos. Agora, a diretoria celeste analisa nomes para assumir a equipe no restante da temporada.
“Não faltou luta, não faltou vibração, não faltou empenho", afirma Deivid após eliminação
O Cruzeiro não conseguiu cumprir o objetivo de fazer dois ou mais gols contra o América-MG, para chegar à decisão do Campeonato Mineiro, o que ceifou o cargo de Deivid no comando do time. Apesar da "derrota", o treinador garante que não faltou empenho dos jogadores, citando o volante Henrique, que atuou improvisado na lateral-direita, como exemplo.
“Não faltou luta, não faltou vibração, não faltou empenho. Os jogadores correram o tempo todo. Tivemos muitos desfalques, como Romero, Léo, Manoel, Dedé, que são jogadores titulares. E jogador que não jogou na sua posição, como foi o caso do Henrique, foi ao seu limite. Isso a gente tem que tirar de bom e agradecer a ele, porque ele se colocou à disposição da equipe, do grupo, e infelizmente nós não passamos”, disse o ex-jogador.
Na visão do agora ex-treinador, o gol marcado por Bruno Rodrigo na primeira etapa, anulado pela arbitragem, foi decisivo para o rumo da partida. Na ocasião, o camisa 4 da Raposa estava em posição legal.
“Objetivo maior era o titulo. Ninguém gosta de perder. Futebol tem dessas coisas. Um erro foi fatal, perdemos no primeiro jogo e a gente tinha como objetivo fazer o gol até os 15 primeiros minutos. Fizemos um gol legitimo e fomos prejudicados mais uma vez. Ia dar mais ânimo, mais disposição e a gente ia trabalhar e construir para chegar ao segundo gol”, concluiu.