Depois de quatro rodadas seguidas sem vitórias, o Cruzeiro retomou o caminho dos triunfos nesta quinta-feira (3), diante do Vasco, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Após 90 minutos de superioridade em relação aos cariocas, a equipe mineira confirmou a vitória pelo placar de 3 a 0, arrancando um imenso apoio dos quase mil torcedores que acompanharam a Raposa. Para o Vasco, o clima ficou bem ruim. A derrota deixou a equipe de São Januário a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento, que é aberta pelo São Paulo, somando 19.

O sucesso na rodada levou o Cruzeiro, que antes do pontapé inicial estava empatado na pontuação com o próprio Vasco, aos 26 pontos ganhos, ocupando a sétima colocação, com um ponto a menos que o sexto e último dentro do G6, o Sport. Já o Vasco, após a derrota, estacionou nos 23, permitindo a aproximação de equipes como o Atlético-PR e Coritiba, que seguem na luta contra a “turma da confusão”.

Na próxima rodada, os mandates de hoje sairão do estado do Rio de Janeiro, já que, no Moisés Lucarelli, em Campinas, o Vasco pega a Ponte Preta. A partida está marcada para as 19 horas (de Brasília) do próximo domingo (6). Já o Cruzeiro, retorna a Belo Horizonte, onde pega outro carioca, desta vez o Botafogo, também no domingo (6), mas às 16 horas (de Brasília), no Mineirão.

Raposa marca já no início de jogo e encaminha triunfo na primeira etapa

Após o pontapé inicial, o Vasco até ensaiou uma ida ao ataque, mas no retorno, Jean fez falta próximo a quina da grande área. Na cobrança, Thiago Neves tentou cruzar na direção do gol, ninguém tocou e a bola foi morrer no fundo das redes. Festa cruzeirense logo aos dois minutos de jogo.

Como resposta, o Vasco, já atrás no placar, tentou colocar a bola no chão e trocar passes para surpreender os adversários, mas sem muita qualidade, o máximo que a equipe de Milton Mendes conseguia eram passes laterais, sem muito perigo, deixando o Cruzeiro a vontade para se armar em contra-ataques sempre bem rápidos, em que muitas das vezes, levavam perigo ao gol defendido por Martín Silva.

Aos 18 minutos, Sassá tenta aproveitar uma sobra de bola na ponta direita de ataque, Rafael Marques, que achava estar mais inteiro no lance, se prepara para despachar a bola, mas o atacante age de forma mais rápida, dá uma solada e tira a bola. O zagueiro então chuta a região do peito do atacante, que cai para a marcação da penalidade máxima, convertida por ele mesmo. 2 a 0 para o Cruzeiro.

Dois minutos depois, após cruzamento da direita, Wagner cabeceou na pequena área, mas sem muita direção, mandou para fora o que seria uma ótima oportunidade de diminuir o marcador logo após um gol do adversário. O lance desperdiçado escancarou a fraqueza psicológica da equipe, que a cada bola perdida no meio campo, desabava em torno de si mesma, parecendo já se dar por derrotada, para o desespero de Milton, que gritava, principalmente com Jean, para que os atletas não baixassem a cabeça.

Vasco volta afoito, Cruzeiro mantém equilíbrio e define no fim

A segunda etapa se iniciou exatamente como transcorreu todo o primeiro tempo: com um Cruzeiro acreditando no gol, e um Vasco extremamente assustado, que tentava demonstrar bravura na vontade, mas que deixava a desejar na organização. Logo nos primeiros minutos, a Raposa já apertava o cruz-maltino novamente, se aproximando cada vez mais do terceiro gol.

O Vasco tentava produzir, mas de forma descompactada, se dividia em dois blocos de cinco atletas, deixando o meio aberto para Mano Menezes fazer a festa com os meio-campistas da Raposa, bem organizados e sempre em superioridade, ganhando a sobra tanto na frente quanto atrás.

O Vasco saía esporadicamente em jogadas rápidas, principalmente com Paulinho e Paulo Victor, que levou um enorme perigo em um contragolpe rápido, mas para sua infelicidade e a dos demais vascaínos, arrematou a direita de Fábio, sem nenhum perigo, semelhante ao lance nove minutos depois, em que Gilberto levantou na direção de Thalles, mas o jovem atacante bateu de primeira, direto para fora.

A medida que o Vasco acreditava mais no primeiro gol, sofria ainda mais nos contra-ataques do Cruzeiro, em especial após os 35 minutos, ocasião na qual Jean acusou dores no músculo posterior da coxa esquerda. Sem o principal nome na marcação no meio, Milton e sua equipe ficavam anda mais desguarnecidos, deixando claro que o terceiro gol poderia ser apenas questão de tempo.

E exatamente como era sugerido, aconteceu. Aos 43’, Robinho, que acabara de entrar, recebe na esquerda, ameaça tocar mas corta para o meio, dribla Gilberto, engana Jean e fica cara a cara com Martín Silva, que sem muito o que fazer, tenta fechar o ângulo, mas toma um toquinho por debaixo das pernas, no que foi o último gol da partida.

No minuto seguinte, Thalles ainda tenta uma jogada bonita, após matar no peito e girar, tirando do zagueiro, mas parando em Fábio, o centroavante desperdiça a última chance do jogo. Festa da torcida mineira, que volta a comemorar depois de quatro rodadas.