Seu retorno no começo do ano foi questionado por muitos toredores do clube. Alguns até o chamaram de "mercenário" e que voltaria para o Internacional só para arrancar dinheiro do clube. Outros acreditaram na figura de ídolo que o argentino tinha e disseram que com D'alessandro o rebaixamento não teria acontecido em 2016.

Andrés Nicolás D'Alessandro retornou ao colorado e vem correspondendo àqueles que acreditaram nele. Apesar de seus 36 anos de idade, " Él Cabezón" (como é conhecido pela torcida do River Plate e pelos argentinos) começou a escrever novamente sua história pelo Sport Club Internacional. Após uma pausa nesta história, começou um novo parágrafo no Inter e só pelo início pode se dizer que terá um final feliz. Não apenas pelo futebol, mas pela liderança e identificação com a nação colorada.

A verdade é que o argentino tem a confiança do torcedor, por tudo que já fez com a camisa do clube. Pela sua caminhada até o dia de hoje no Inter. Essa mesma confiança, D'Alessandro passa para o grupo de jogadores. Ele é o atleta mais antigo do grupo do Internacional. Teve papel importante nas conquistas da Copa Sul Americana e no Bi da Taça Libertadores da América. Nos dois títulos era uma das referências técnicas do time, se não a principal.

D'Alessandro retorna ao clube em um momento delicado: O clube teve sua primeira queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, na temporada passada (2016). O capitão tem a missão de recolocar a equipe na elite do futebol brasileiro. Porém, muitos torcedores dizem que se o capitão não tivesse se tranferido em uma das piores temporadas do clube, a história teria sido diferente. Um dos principais motivos da queda foi a falta de liderança no vestiário vermelho e branco.

Além da liderança, D'Alessandro vem exibindo um futebol de alto nível. Há quem diga que o D'ale é um dos melhores meias do futebol brasileiro. Mas além de seus dribles brilhantes, lançamentos de alta qualidade, passes milimétricos e arremates precisos, o que vem impressionando é a entrega do atleta. Mesmo não estando no ápice da sua carreira, D'Alessandro tem "pique de guri" dentro das quatro linhas.

Nesta temporada, tem usado da ideologia castelhana. Aguerrido e "raçudo", o Andrés tem corrido o jogo todo, dado diversos carrinhos, mas o que impressiona é a explosão na hora de ser o primeiro homem de marcação no ataque do Internacional quando é preciso. Outro fato que impressiona é a resistência física do jogador. O capitão colorado tem jogado todos os jogos do time e dificilmente é substituído.

As atitudes que D'Alessandro tem tido dentro de campo foi o que faltou no Internacional na temporada passada. Faltou ao grupo um jogador que segurasse a equipe dentro do vestiário e chamasse a responsabilidade para si.

D'Alessandro com certeza é esse jogador. Pela liderança e pela confiança da torcida é o principal elemento para ajudar o Inter a voltar à elite do futebol brasileiro. Se o argentino tivesse continuado, provavelmente o cenário não era esse. Mas como um verdadeiro ídolo da nação colorada, ele será a peça responsável por esse ressurgimento do Inter e escreverá mais um parágrafo positivo na história do clube. Afinal, para isso que servem os ídolos.