Na próxima terça-feira (28), o Brasil recebe o Paraguai na Arena Corinthians, em São Paulo, para a 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo 2018. São muitas as diferenças dos camisas 10 de cada seleção. Um é realidade, titular do Barcelona, campeão por clube e seleção, enquanto o outro é o começo do futuro futebol paraguaio e meio campo do modesto Deportivo Alavés. O que eles tem em comum? O fato de serem o centro das atenções de suas seleções.
Atualmente emprestado ao Deportivo Alavés, da Espanha, o meia Óscar Romero pertence ao Shanghai Shenhua, ainda que o Racing detenha de boa parte dos direitos do jogador. Apresentado como um jovem muito promissor e talentoso, estreou no time espanhol em fevereiro de 2017 e até agora soma 6 jogos, sendo titular em duas oportunidades e dando 3 assistências para gol.
Na seleção paraguaia, Óscar participou de 26 confrontos e marcou dois gols. Aos 24 anos esteve presente nos últimos principais jogos da equipe, como as partidas na Copa América Centenária e oito dos 12 jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Russia 2018.
Organizado pelo técnico Francisco Arce como um time mais ofensivo, a maior arma do Paraguai é a velocidade imposta pelo meio campo, característica que para funcionar como o desejado precisa passar pelos pés do camisa 10. Veloz e arisco, Romero é capaz de jogar tanto pela esquerda quanto pela direita, distribuiu bem os passes e é habilidoso com a bola nos pés.
Do outro lado da balança temos Neymar, que pelo Barcelona soma 181 jogos e 103 gols, além das 58 assistências. Números que colocam o camisa 11 culé entre os 20 maiores artilheiros da história do clube, faltando apenas 27 gols para empatar com Rivaldo, maior artilheiro brasileiro do Barça. São 8 títulos em 4 temporadas e seu desenvolvimento dentro de campo vem fazendo do camisa 11 catalão, um jogador indispensável para o presente e futuro blaugrana.
Pela Seleção Brasileira, a situação se espelha. Ao marcar na vitória por 3 a 0 sobre a Argentina pelas Eliminatórias, Neymar alcançou a marca de 50 gols em 74 jogos. O feito superou os números de Zico, trazendo o camisa 10 ao posto de quarto maior artilheiro da história da seleção. A conquista da medalha de ouro olímpica inédita nas Olimpíadas do Rio em 2016 prova que Neymar não só se sente à vontade com a amarelinha, como entendeu a sua importância para o elenco, sendo indispensável para os planos do hexa.
Dentro de campo, o atacante não ocupa uma posição diferente da que faz no Barcelona. Mas, é na função que seu papel muda. Para Tite, Neymar funciona como líder técnico do time. É o camisa 10 que de dentro de campo puxa os contra-ataques, equilibra as jogadas e busca alternativas quando o time não produz o necessário. Foi a forma que o técnico encontrou para fazer com que ele se preocupasse apenas em jogar o que sabe e por vezes chamar a responsabilidade.
Uma curiosidade
O confronto entre o brasileiro e o paraguaio se repetirá no dia 27 de maio, quando o Alavés, que vive a melhor temporada de sua história, vai disputar com o Barcelona o título da Copa do Rei.
Eles já se enfrentaram antes neste ano, quando Romero participou, entrando do banco no segundo tempo, da derrota por goleada para os catalães na 22ª rodada do Espanhol. Na ocasião Neymar deixou um gol anotado na conta que somou 6 a 0 para os culés.