O sexto encontro no circuito profissional entre o britânico Andy Murray e o espanhol Marcel Granollers mostrou a ótima técnica que o número 3 do mundo tem. Melhorando significativamente seu jogo no saibro, o escocês dominou a partida, variou jogadas e não deu chances para zebras. Um massacre de 2 sets a 0, com parcias de 6-2 e 6-0, para não deixar dúvidas.
O rival de Murray nas quartas de final do Masters 1000 de Madri sairá do duelo entre Milos Raonic e Leonardo Mayer.
Com total favoritismo no duel, Andy Murray só tinha contra si a irregularidade quando joga no saibro. Para lidar com isso, precisava demonstrar seu jogo e fazê-lo fluir com naturalidade. Já o espanhol Granollers não tinha o que perder e jogar uma partida consistente o colocava em maior envidência, ainda mais jogando no seu país, apesar de ser catalão.
Com o saque na mão, o escocês mostrou imponência para distribuir boas bolas no fundo da quadra e mesclava a força, com a sutileza de deixadas próximas à rede e usou a velocidade para subir e fechar pontos com bons voleios.
Vendo que o jogo que ser rival fazia, Marcel Granollers buscava o mesmo ritmo do adversário, mas lhe faltava a técnica para se manter na partida. Seus primeiros serviços eram poucos aproveitados e isso facilitou a vida de Murray, que respondia o segundo serviço com ótimas devoluções e teve bom percentual de bolas no seu backhand.
Com apenas dois games confirmados e outros dois quebrados, Granollers foi presa fácil para o constante Murray, no saibro de Madri. 6-2 em quase 40 minutos de set.
Com a vitória no set anterior e jogando bem, o britânico seguia no mesmo ímpeto, sacando bem, arriscando bons golpes na paralela e tendo menos dificuldades do que geralmente demonstra em piso rápido. Isso forçava o espanhol a trocação, tirando a chance de golpes contundentes e errando demais, principalmente no seu backhand.
Toda a possibilidade de resposta de Marcel se foi logo no seu primeiro serviço, quebrado sem nenhuma dificuldade por Murray. A mente do catalão também se foi após o game e o número 62 da ATP mostrava alta instabilidade, reclamando toda hora dos erros.
Andy então passou a ter o jogo na mão. E foi aí que ele mostrou certos altos e baixos. Por mais que o britânico se consolidava rumo à vitória, os games era mais pontuados em seus erros, muitos deles não forçados, quando buscava aproximação na rede ou buscando arriscar em golpes de direita.
Os erros do cabeça de chave número 2 não o impediram de tirar a vitória. Melhor técnicamente e também mentalmente, Andy Murray passou por cima do espanhol, não cedeu nenhum game e aplicou um pneu sem dó. 6-0, em menos de meia hora de partida.