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Quem diria que, em 2017, Roger Federer, perto dos 36 anos de idade, estaria fazendo sua terceira final nos três torneios mais importante do calendário até agora? Mais que isso: quem diria que Rafael Nadal, seu eterno rival e "nêmesis", seria seu rival pela segunda vez em três decisões?

Se em 2016 o mundo do tênis não viu o "clássico" nenhuma vez, em 2017 ele irá acontecer pela terceira. Nas duas anteriores - final do Australian Open e oitavas do Masters de Indian Wells -, o suíço, geralmente o "freguês" da história, levou a melhor.

E neste domingo, às 14h (Brasília), eles voltam a se enfrentar justamente onde essa rivalidade história começou, há 13 anos: em Miami.

Março de 2004. Federer, com 22 anos, era o número 1 do mundo havia pouco mais de um mês e já havia vencido também o Australian Open e o Masters de Indian Wells. Por isso, ele chegou para o seu duelo contra um adolescente de 17 anos de idade, bronzeado, ainda magro, mas já 34º do ranking como favorito.

Depois de 1h10min, o placar apontou um duplo 6-3, mas para o jovem e veloz espanhol. Federer estava doente durante o torneio e não conseguiu jogar seu melhor na ocasião, algo que o próprio Nadal admitiu ao fim da partida.

"Obviamente ele não jogou seu melhor hoje e essa é a razão pela qual eu consegui vencer. Se ele tivesse jogado seu melhor, eu não teria chance, mas é isso que acontece no tênis. Se um jogador como eu joga em um nível muito, muito alto, e um cara top como Roger não está no seu melhor, eu posso vencer", disse o adolescente, na coletiva pós-jogo.

Muitos acharam esse resultado incomum. Porém, o que se viu nos anos seguintes foi a maior rivalidade do tênis entre dois dos maiores gênios desse esporte, que se enfrentariam ainda outras 36 vezes, com ampla vantagem o espanhol: 23 a 13.

No ano seguinte, Nadal começou sua arrancada rumo ao primeiro título de Grand Slam e chegou na final do Masters de Miami, justamente contra Roger Federer.

Esse foi o segundo duelo entre os dois, e Nadal chegou a abrir 2 sets a 0. Porém, o suíço reagiu e venceu em 5 sets: 2-6, 6-7 (4), 7-6 (5), 6-3 e 6-1. Essa seria a única vez na história da rivalidade em que Federer teria igualdade no histórico de confrontos.

Nadal doutrinou seu maior rival ao longo da história, mas nas últimas três vezes que enfrentou Federer saiu de quadra derrotado. As três vitórias seguidas são uma sequência inédita na carreira do suíço contra o espanhol. E ela pode ser ampliada neste domingo.

Para evitar uma quarta derrota seguida contra Federer, Nadal terá que fazer algo que nunca fez antes: ganhar em Miami.

O espanhol tem o segundo maior número de títulos de Masters, com 28 taças. Mas nunca ganhou o de Miami. Ele já chegou em quatro finais, perdendo em 2005 para Federer, 2008 para Nikolay Davydenko, e 2011 e 2014 para Novak Djokovic.