Bruno Oscar Schmidt. Pelo nome você pode notar que o atleta brasileiro de vôlei de praia tem histórico familiar de vencedor. Bruno é sobrinho de Oscar Schmidt, maior ídolo do basquete brasileiro. O jovem terá a oportunidade nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 de conquistar algo inédito na história da família, que nem seu tio pôde ganhar: uma medalha olímpica.

É verdade que Oscar Schmidt foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis em 1987, vencendo os Estados Unidos em sua própria casa. Mas, em Olimpíadas, Oscar e a Seleção Brasileira nunca conseguiram uma medalha. Bruno Schmidt, ao lado do experiente e já medalhista olímpico Alison, entra como grande favorito para conquistar o ouro no Rio 2016.

A carreira de Bruno Schmidt

Bruno Schmidt começou a carreira no vôlei de praia formando dupla com João Maciel, entre 2007 e 2009. O primeiro título da dupla foi  o torneio da FIVB Challenger & Satellite, em Lausanne. Em 2008, Bruno e João disputaram a primeira final em Circuito Mundial e ficaram a prata, pois foram derrotados pela dupla espanhola Pablo Herrera e Raul Mesa Allepuz, em Kristiansand.

Bruno e João encerraram a parceria em 2009. Então, Bruno iniciou uma nova dupla ao lado de Benjamin. A dupla jogou junto em duas oportunidades. Na primeira delas, entre 2010 e 2011, conseguiram atingir três semifinais e conquistaram duas medalhas: bronze no aberto de Brasília e prata no aberto de Haia.

Apesar de sempre estarem figurando entre os oito melhores, Bruno e Benjamin não conseguiram conquistar ouro e a parceria foi encerrada, por ora. Bruno voltou a jogar com João Maciel, entre meados de 2011 logo após encerrar a parceria com Benjamin, e durou até início de 2012. Nesse tempo, ficaram em quarto lugar no aberto da Áustria. Foi o feito mais expressivo nesse tempo.

Bruno e João Maciel romperam de vez. Novamente o atleta voltou a jogar com Benjamin na metade final do ano de 2012, mas não conquistaram nada expressivo também. Assim, a dupla também terminou definitivamente.

Parceria com Pedro Solberg e Alison

Em 2013, Bruno Schmidt encontrou um novo parceiro para buscar títulos: Pedro Solberg. A parceria rendeu ótimos resultados. Foram sete semifinais e seis medalhas. Bruno e Pedro conquistaram ouro no Grand Slam de Haia e de São Paulo; prata em Xangai, Gstaad e Fuzhou; por fim, bronze em Roma e Durban. Também foram campeões do Circuito Brasileiro de 2012/2013.

Apesar dos bons resultados com Pedro Solberg, Bruno encerrou a parceria com o atleta para começar a jogar junto de Alison, que encerrou uma parceria muito vitoriosa e bem sucedida ao lado de Emanuel. Mesmo com pouco tempo de entrosamento, foram campeões dos Jogos Sul-Americanos e do Grand Slam de Klagenfurt, na Áustria. Em 2015, foram campeões do Campeonato Mundial, do Circuito Mundial e do World Tour Finals, conquistando os três principais títulos da temporada.

Após a conquista dos três principais títulos da temporada em 2015, Bruno e Alison conquistaram o Circuito Brasileiro em Fortaleza em abril de 2016, encerrando em alta a preparação para o Rio 2016. Bruno foi eleito pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) o melhor jogador de vôlei de praia da temporada 2015, tendo levado também os prêmios de melhor recepção, melhor levantamento e melhor defesa.

Expectativa para o Rio 2016

Após conquistar o Campeonato Mundial, o Circuito Mundial, o World Tour Finals e o Circuito Brasileiro, Bruno e Alison chegam para o Rio 2016 como um dos grandes favoritos, principalmente porque jogarão em casa e terão o apoio da torcida brasileira.

Alison já teve a experiência de jogar as Olimpíadas, em Londres 2012, quando terminou com a prata ao lado de Emanuel. A dupla tem tudo para conquistar alguma medalha, mas a de ouro é o grande objetivo. Bruno nunca jogou Olimpíada, mas tem sangue vencedor na família, e com as experiências nos Circuitos Mundiais, nunca ter participado de Jogos Olímpicos não deve ser um fator que atrapalhe.