Tempos parecidos, gols distintos. Itália e Brasil protagonizaram um belo amistoso no Estágio de Genebra, nesta quinta. O placar em dois a dois não refletiu o que foi mostrado em campo: um Brasil mais acuado, jogando no contra-ataque, dominado pela Itália e sendo salvo por Júlio Cesar. Os gols de Fred e Oscar, no primeiro tempo, deram a impressao de que a Seleção venceria mesmo pior que o adversário, mas De Rossi e Balotelli deixaram o marcador em igualdade - e ainda abusaram de chances perdidas

O primeiro lance de perigo foi logo no começo de jogo. No contra-ataque, Giaccherini fez bela jogada dentro da área e chutou forte, para boa defesa de Júlio César. O jogo começou quente, porque logo depois, Neymar também fez boa jogada, e exigiu que Buffon trabalhasse bem. A princípio, as melhores chances eram da Azzurra, principalmente com Balotelli, que aproveitava desatenção da dupla Daniel Alves e David Luiz. 
 
O 4-4-2 italiano, com um losango no meio-campo, dava mais certo que o esquema brasileiro, que não parecia saber se era um 4-2-3-1 ou outro 4-4-2. Assim, a Itália permaneceu melhor durante o primeiro tempo, obrigando Júlio César a aparecer bem. O ataque da Seleção era apagado, e as poucas boas jogadas surgiam dos pés de Hernanes e Oscar. Pela Azzurra, Pirlo, mais uma vez, se destacava, com ótimos lançamentos. Ele e o meia Giaccherini, também da Juventus, eram os grandes destaques italianos do primeiro tempo.
 
Mesmo pior no jogo, a Seleção Brasileira conseguiu abrir o placar. Após erro de Hulk dentro da área, a bola terminou nos pés de FIlipe Luís. O lateral cruzou, De Rossi desviou de cabeça e a bola sobrou para Fred bater de primeira, pro fundo do gol. O gol melhorou o Brasil, que só foi incomodado em chute de Balotelli, que bateu para mais uma boa defesa de Júlio César.
 
Depois disso, animada na partida, a Seleção ainda ampliou no fim da etapa: boa jogada de Neymar, que puxou toda a marcação para a esquerda. O atacante brasileiro deu um passe para Oscar, na entrada da área, dominar e bater, com tranquilidade, na saída de Buffon. O segundo gol da Seleção, e o terceiro tento de Oscar contra Buffon só nessa temporada.
 
O primeiro tempo terminou assim: vitória do Brasil, mas com a Itália mais perigosa. Júlio César, grande destaque do primeiro tempo, saiu para o intervalo reclamando que foi muito acionado.
 
Na volta do intervalo, a Azzurra trocou o esquema. El Shaarawy e Cerci entraram em campo, e Prandelli armou o time num 4-3-3, com mais velocidade pelas pontas. A tática foi dando certo, mas os italianos continuavam parando em Júlio César. Aos sete minutos, boa defesa do goleiro em chute de El Shaarawy. Na cobrança de escanteio, porém, não teve como: o próprio atacante bateu, ninguém cortou, e De Rossi, com a perna direita, diminuiu para os italianos.
 
Ainda melhor no embate, a Itália finalmente conseguiu igualar o marcador. Balotelli recebeu na intermediária e, com calma, caminhou até bater, colocado, por cima do adiantado goleiro Júlio César. Melhor jogador em campo, goleiro brasileiro teve sua primeira falha na noite: dois a dois.
 
O Brasil passou a ficar nervoso, o que ficou evidente logo na jogada seguinte, quando Hulk, sozinho na área, pisou na bola e perdeu ótima chance. Felipão tentou melhorar a Seleção, promovendo as entradas de Kaká e Diego Costa, nos lugares de Oscar e Fred.
 
O time ainda melhorou com a entrada de Marcelo na esquerda, mas foi pouco. Dois a dois no placar. O Brasil segue sem vencer uma forte seleção, mas Felipão parece cada vez mais próximo de encontrar seu time. Na Azzurra, boa recuperaçao, mas preocupação pelas chances perdidas. No fim, ambas precisam melhorar para a Copa das Confederações