Neste sábado (25), o Wembley foi palco de mais uma partida épica na história do futebol mundial. Depois de dois vices campeonatos nos últimos três anos, o Bayern de Munique venceu o Borussia Dortmund por 2 a 1 e conquistou a Uefa Champions League pela quinta vez em sua história. Em uma partida eletrizante e muito equilibrada, o título veio com muita emoção. Até os 44 minutos do segundo tempo a partida estava empatada em 1 a 1, quando brilhou a estrela de Arjen Robben. O holandês, conhecido por falhar em decisões, marcou um golaço que selou a conquista bávara.

Agora, o Bayern vai em busca da conquista da tríplice coroa – depois de ser campeão nacional e europeu, a equipe ainda disputa o título da Copa Alemanha, no próximo domingo (02) – enquanto a brilhante temporada do Borussia chega ao fim.

No primeiro tempo, os goleiros brilharam

O Borussia Dortmund começou o primeiro tempo melhor, marcando o Bayern de Munique no seu campo de ataque e imprimindo o ritmo que lhe é habitual, de muita velocidade. Com o domínio da partida, os aurinegros criaram duas excelentes oportunidades nos primeiros 20 minutos, mas Manuel Neuer brilhou e salvou a equipe vermelha. Aos 13 minutos, Lewandowski mandou uma bomba da intermediária e o arqueiro bávaro fez uma bela defesa para mandar para escanteio. No minuto seguinte, Kuba recebeu na pequena área, finalizou com muita categoria e o goleiro alemão fez uma maravilhosa intervenção com a perna esquerda para evitar o gol.

Depois da pressão inicial, o Bayern se acertou na partida, passou a controlar o ritmo, diminuiu a velocidade do jogo e passou a levar perigo à meta de Weidenfeller, que também brilhou. Aos 26 minutos, Riberý fez linda jogada pela esquerda e cruzou para Mandzukic. O camisa 9, dentro da pequena área, cabeceou no contrapé do arqueiro alemão, que se esticou todo para desviar a bola pela linha de fundo. Aos 30 minutos, o goleiro do Borussia brilhou ao sair do gol e evitar o gol certo de Robben, que estava sozinho dentro da grande área.

Quem também teve uma bela oportunidade para marcar foi o artilheiro Lewandowski, aos 34 minutos o atacante polonês saiu cara a cara com Neuer, que fechou muito bem o ângulo e evitou o tento. E aos 42 minutos, Robben teve a última grande chance do primeiro tempo, quando aproveitou falha do zagueiro Hummels e, na marca do pênalti, bateu em cima de Weidenfeller

Robben brilha, marca no apagar das luzes e o Bayern conquista a Europa

Na segunda etapa, a partida permaneceu equilibrada. Entretanto, as duas equipes voltaram marcando melhor e evitando que as oportunidades adversárias fossem criadas. Se as marcações estavam se destacando, era necessário que as qualidades individuais dos jogadores aparecessem. E aos 14 minutos, as qualidades de Ribery e Robben foram o diferencial para os bávaros abrirem o placar. O francês fez linda enfiada de bola para o holandês dentro da grande área, que dominou, fintou Weidenfeller e cruzou para Mandzukic, livre na pequena área, desviar para o gol vazio e fazer a metade vermelha de Wembley explodir em festa.

Depois do gol, o Borussia Dortmund se perdeu em campo e parecia morto na partida. Porém, o zagueiro brasileiro Dante tratou de ressucitar os aurinegros. Aos 22 minutos, Reus foi lançado dentro da grande área, matou a bola no peito e o defensor da Seleção Brasileira foi imprudente e acertou a barriga do meia com um pontapé, cometendo a penalidade máxima. Na cobrança, Gundogan converteu com perfeição e empatou o placar, reacendendo a chama da esperança na Muralha Aurinegra.

Após o empate, a partida voltou a ficar equilibrada e tudo indicava que teríamos prorrogação no lendário estádio inglês. Entretanto, Robben tratou de mudar a história do jogo aos 44 minutos. Depois de lindo passe de calcanhar de Ribery, o holandês tirou Subotic e Hummels com apenas um toque na bola e, com muita categoria, empurrou a bola para o fundo do gol e transformou a arquibancada do Wembley em uma mistura de emoções. Incrédulos, os torcedores do Borussia não tiveram reação. Na metade bávara, o choro se misturava com a explosão de alegria de uma torcida que espantava o fantasma do vice-campeonato e podia, depois de duas derrotas em três anos, soltar o grito entalado na garganta.