Morelia vence o Santa Fé, mas leva gol no fim e deixa confronto em aberto

Time mexicano abre 2 a 0, mas Omar Pérez diminui após perder pênalti e deixa os colombianos vivos na disputa (Foto: Reprodução / AP)

Morelia vence o Santa Fé, mas leva gol no fim e deixa confronto em aberto
dahileonardo
Por Leonardo Dahi

Monarcas Morelia (MEX) e Independiente Santa Fé (COL), fizeram na noite desta terça-feira (28) a partida de ida da primeira fase da Copa Libertadores da América. O confronto, iniciado no Estádio Morelo, em Morelia, vale vaga no Grupo 4 da competição, que já conta com o atual campeão Atlético Mineiro, o Zamora da Venezuela e o Nacional do Paraguai.

Com a vitória por 2 a 1, o Monarcas joga por um empate ou até por uma derrota por um gol de diferença - desde que marque mais de uma vez - na partida de volta. O Santa Fé joga por uma vitória por 1 a 0 ou por dois gols de diferença, caso leve um gol. Se vencer por 2 a 1, o jogo vai para os pênaltis. As equipes voltam à campo na próxima terça-feira (4), às 23h15 de Brasília, no El Camíin, em Bogotá, Colômbia.

A partida começou como um típico jogo de Libertadores, com muitas faltas no meio de campo e poucos ataques perigosos. Até os nove minutos, o máximo que ambas as equipes haviam conseguido era um cruzamento sem muito perigo na área adversária. A primeira grande chance surgiu aos 11 minutos e a favor dos donos casa: após uma dividida, Riascos, que fez sucesso na última edição do torneio jogando pelo Tijuana (também do México), bateu da meia-lua e a bola saiu à esquerda do gol. Ele voltaria a incomodar Vargas dois minutos depois, quando cabeceou da marca do pênalti e exigiu bela defesa do arqueiro colombiano.

Entrando no lugar do contundido Salinas, Zamorano concluiu outra boa chance dos mexicanos ao chutar de primeira por cima do gol de Vargas. A pressão do Monarcas continuou e, já no minuto seguinte, o mesmo Zamorano bateu no cantinho, em um chute parecido com o de Riascos no começo da partida, mas agora exigindo mais uma defesa do goleiro colombiano. O Santa Fé tentou responder em cobrança de falta aos 23 minutos, mas Medina pegou mal na bola e isolou.

Aos 24, o Santa Fé cobrou escanteio com Perez, mas cedeu um contra-ataque para Zamorano, que disparou, mas, na hora de passar para Montero, se enrolou todo e perdeu a bola. A resposta veio no minuto seguinte: Torres recebeu na esquerda e passou para Arías, que bateu de primeira e viu Rodríguez fazer sua primeira grande defesa no jogo.

Em uma partida tão movimentada, o gol era questão de tempo. E ele saiu aos 27 minutos. Puxando outro contra-ataque, Zamorano poderia ter chutado, mas preferiu passar para Mancilla, que, com o gol livre, abriu o placar para os donos da casa. Monarcas 1 a 0. Em seguida, Riascos tentou marcar o segundo por cobertura, mas acabou jogando a bola nas mãos de Vargas. Ele, aliás, quase complicou a vida do Santa Fé aos 31 minutos, quando saiu jogando mal e teve que correr para jogar a bola para fora.

A verdade é que, depois do gol, o jogo esfriou. O Santa Fé criou boas jogadas com Otálvaro, aos 37 minutos e com Arias, aos 44, enquanto, lá atras, o goleiro Vargas queria dar mais emoção ao jogo com saídas malucas de sua meta. Falando em emoção, em um dos últimos lances da etapa final, o zagueiro do Monarcas, Huiqui, quase fez gol contra ao tentar recuar a bola para o goleiro Rodríguez.

A primeira oportunidade de gol do segundo tempo surgiu aos três minutos e a favor do Santa Fé: sozinho, Medina cabeceou firme para o gol de Rodríguez, que se esticou e evitou com o pé o gol de empate dos colombianos.

A etapa final começou sem grandes emoções e um de seus maiores destaques no terço inicial foi a estranha substituição feita pelo técnico Eduardo de la Torre, que tirou o equatoriano Riascos, destaque do time, e colocou o uruguaio Arévalo Rios. Riascos não fez questão de esconder sua insatisfação. Colocano a equipe mexicana na defesa, o treinador quase viu Medina empatar aos 13 minutos quando, frente a frente com Rodríguez, ele chutou por cima do gol.

Aos 17 minutos, Mancilla recebeu pela direita e bateu no cantinho, ainda que um pouco desajeitado, e coube a Vargas tocar a bola com a ponta dos dedos para evitar o segundo gol dele na partida. Apesar da tática maluca do treinador, o Monarcas foi para cima e poucos segundos antes do relógio bater em 20 minutos, Zamorano recebeu na intermediária. Com muita inteligência, ele se livrou da marcação e tocou no cantinho para aumentar a vantagem dos donos da casa.

Quando o jogo parecia bom para o Monarcas, veio um pênalti a favor do Santa Fé. Após criar boa jogada pela esquerda, Cuero foi derrubado dentro da parea aos 30 minutos e o árbitro venezuelano Juan Soto anotou a penalidade. Quem foi para a bola foi o capitão Omar Pérez, que bateu mal, no meio do gol e apenas lamentou a defesa com os pernas do goleiro Rodríguez. Engana-se, porém, quem pensa que ele terminou como vilão. Aos 39 minutos, em falta de frente para o gol, ele encheu e o goleiro mexicano só pôde espalmar para o fundo das redes. 2 a 1.